- A Natura ampliará seu laboratório na Amazônia, a dois meses da COP30, que ocorrerá em Belém.
- O centro de inovação do Ecoparque terá sua área aumentada para dois mil metros quadrados.
- Durante a conferência, a empresa apresentará um roteiro turístico da bioeconomia, envolvendo 45 comunidades e cooperativas parceiras.
- Essas comunidades cultivam e beneficiam 46 ingredientes amazônicos, que representam 50% do portfólio da marca.
- A Natura busca atrair investidores e mostrar que é possível escalar modelos de negócios sustentáveis.
A Natura está ampliando seu laboratório na Amazônia, a apenas dois meses da COP30, que ocorrerá em Belém. O centro de inovação do Ecoparque, localizado a 35 km da capital paraense, terá sua área aumentada para 2 mil metros quadrados. O espaço será utilizado para receber investidores e stakeholders durante a conferência, onde a empresa pretende apresentar seu modelo de negócios sustentável.
Durante a COP30, a Natura planeja criar um roteiro turístico da bioeconomia, mostrando a cadeia produtiva que envolve 45 comunidades e cooperativas parceiras. Esses grupos cultivam e beneficiam 46 ingredientes amazônicos, que representam 50% do portfólio da marca. A empresa enfatiza que a sustentabilidade é parte essencial de seu modelo de negócios, não uma ação filantrópica.
Angela Pinhati, diretora de sustentabilidade da Natura, destacou que o objetivo é demonstrar como a empresa gera inovação e diferenciação por meio de suas práticas sustentáveis. A Natura, que começou sua trajetória na Amazônia há 25 anos, agora colabora com cerca de 10.000 famílias, promovendo o extrativismo sustentável e contribuindo para a conservação de 2,2 milhões de hectares na região.
Desafios e Oportunidades
Paulo Dallari, diretor de reputação e governo da Natura, reconheceu os desafios de alinhar as expectativas do mercado com o compromisso da empresa com o impacto socioambiental. Ele afirmou que a COP30 será uma oportunidade para mostrar que é possível escalar modelos de negócios sustentáveis. A Natura também busca atrair outras empresas para iniciativas como o Mecanismo de Financiamento Amazônia Viva, que combina crédito para safras e um fundo filantrópico.
A conferência servirá como um espaço de debate para o setor privado, onde a Natura participará da iniciativa C.A.S.E. (Climate Action Solutions & Engagement), em parceria com outras grandes empresas. O objetivo é fortalecer o protagonismo do Brasil na agenda climática global, mostrando que a mudança necessária para enfrentar a crise climática não pode ser alcançada isoladamente.