- A orca fêmea J36 foi vista no dia 12 de setembro, no Estreito de Rosário, carregando o corpo de seu filhote recém-nascido morto, ainda com o cordão umbilical.
- O evento foi registrado por equipes do Centro de Pesquisa de Baleias, da SeaDoc Society e da San Diego Zoo Wildlife Alliance.
- A população de orcas residentes do sul é alarmantemente baixa, com apenas 73 indivíduos, e enfrenta alta mortalidade de filhotes.
- Fatores como a escassez de salmão chinook, poluição química e aumento do ruído de embarcações contribuem para essa situação crítica.
- O comportamento de J36 relembra o caso da orca Tahlequah, que em 2018 nadou por mais de 1.600 quilômetros carregando o corpo de sua cria.
Uma orca fêmea, identificada como J36, foi observada no dia 12 de setembro, no Estreito de Rosário, carregando o corpo de seu filhote recém-nascido morto, ainda com o cordão umbilical. O evento, registrado por equipes do Centro de Pesquisa de Baleias, da SeaDoc Society e da San Diego Zoo Wildlife Alliance, levanta preocupações sobre a saúde emocional das orcas. J36 não foi vista com o filhote no dia seguinte, 13 de setembro.
A mortalidade de filhotes entre as orcas residentes do sul é alarmante, com a população reduzida a apenas 73 indivíduos. A escassez de salmão chinook, poluição química e o aumento do ruído de embarcações são fatores que contribuem para essa crise. Estima-se que até 70% das gestações nesse grupo resultam em abortos espontâneos ou mortes precoces.
Esse não é um caso isolado. Em 2018, a orca Tahlequah (J35) ganhou atenção mundial ao nadar por mais de 1.600 quilômetros, durante 17 dias, carregando o corpo de sua cria. Em 2020, ela deu à luz novamente, um sinal de esperança para a espécie. Recentemente, Tahlequah foi vista com um filhote morto, refletindo um padrão preocupante.
Monika Wieland Shields, diretora do Orca Behavior Institute, comentou sobre a complexidade emocional das orcas, afirmando que elas são programadas para lidar com as emoções que surgem em grupos sociais tão unidos. O comportamento de J36, assim como o de Tahlequah, sugere uma profunda conexão emocional entre as mães e seus filhotes, destacando a fragilidade da situação das orcas residentes do sul.