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Caatinga é destaque na transição energética, mas enfrenta alto desmatamento

A Caatinga perdeu 9,25 milhões de hectares de áreas naturais desde 1985, com 86% dos municípios apresentando redução de vegetação nativa

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Paisagem da Caatinga em Uauá, Bahia, com vegetação típica da região (Foto: Reprodução)
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  • A Caatinga, bioma exclusivo do Brasil, abriga 62% das usinas fotovoltaicas do país, ocupando 21,8 mil hectares.
  • Entre 1985 e 2024, a região perdeu 9,25 milhões de hectares de áreas naturais, com 59% do território ainda coberto por vegetação nativa.
  • O professor Washington Rocha, coordenador da equipe da Caatinga do MapBiomas, destaca a importância de equilibrar a transição energética com a conservação da vegetação nativa.
  • Todos os estados da Caatinga apresentaram redução de áreas naturais, com 86% dos municípios enfrentando perda de vegetação.
  • Apenas 10% do território está protegido por Unidades de Conservação, que abrigam 13% da vegetação nativa, mas também sofreram redução de 11,8% na área de vegetação entre 1985 e 2024.

A Caatinga, bioma exclusivo do Brasil, é destaque na transição energética do país, conforme relatório do MapBiomas. Com 62% das usinas fotovoltaicas do Brasil localizadas nesse bioma, a área já ocupa 21,8 mil hectares. No entanto, a expansão da agropecuária resultou na perda de 9,25 milhões de hectares de áreas naturais entre 1985 e 2024.

O estudo revela que 59% do território da Caatinga ainda é coberto por vegetação nativa, embora a cobertura original tenha diminuído em 14%. O professor Washington Rocha, coordenador da equipe da Caatinga do MapBiomas, ressalta que, apesar de a transição energética contribuir para uma matriz limpa, é necessário ponderar sobre o uso da terra e a conservação da vegetação nativa.

Impactos do Desmatamento

A pesquisa indica que todos os estados da Caatinga enfrentaram redução de áreas naturais nas últimas quatro décadas, com 86% dos municípios apresentando perda de vegetação nativa. Apesar disso, 55% dos municípios ainda mantêm mais de 50% de cobertura vegetal. Os estados com maior proporção de áreas naturais em 2024 são Piauí (82%), Ceará (68%) e Pernambuco (60%).

Por outro lado, Minas Gerais e Rio Grande do Norte têm apenas 50% de vegetação nativa, enquanto Alagoas e Sergipe apresentam os menores índices, com 27% e 24%, respectivamente. O relatório também destaca que 10% do território da Caatinga está protegido por Unidades de Conservação, totalizando 8,2 milhões de hectares.

Conservação e Sustentabilidade

Essas Unidades de Conservação abrigam 13% da vegetação nativa do bioma, mas também enfrentam desafios, com uma redução de 11,8% na área de vegetação nativa entre 1985 e 2024. A perda de 563 mil hectares nessas áreas reforça a necessidade de estratégias eficazes para a proteção e recuperação da Caatinga, um bioma vital para a biodiversidade e a sustentabilidade ambiental do Brasil.

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