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Explosões de gás na Sibéria alarmam especialistas sobre aquecimento global crescente

Estudo aponta que falhas tectônicas podem aumentar a frequência de explosões nas crateras da Sibéria Ocidental com o aquecimento global.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Cratera de gás na Península de Yamal, no norte da Rússia (Foto: Reprodução)
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  • Desde 2014, crateras na Sibéria Ocidental têm sido associadas a explosões subterrâneas devido ao derretimento do permafrost.
  • Um novo estudo sugere que falhas tectônicas podem ser essenciais na formação dessas crateras.
  • Entre oito e dezessete crateras foram identificadas nas penínsulas de Yamal e Gyda.
  • As explosões ocorrem quando o gás se acumula em cavidades sob o permafrost, aumentando a pressão até resultar em explosões.
  • Com o aquecimento global, é provável que mais explosões ocorram na região.

Desde 2014, crateras na Sibéria Ocidental têm intrigado cientistas, sendo inicialmente atribuídas a explosões subterrâneas ligadas ao derretimento do permafrost. Um novo estudo, publicado na revista *Science of the Total Environment*, revela que falhas tectônicas podem ser fundamentais na formação dessas crateras, sugerindo que mais explosões podem ocorrer à medida que as temperaturas continuam a subir.

A primeira cratera foi descoberta em 2014, resultando de uma explosão que lançou terra em várias direções. Desde então, entre oito e 17 crateras foram identificadas nas penínsulas de Yamal e Gyda. Inicialmente, a causa das explosões era um mistério, mas a pesquisa associou esses eventos ao aquecimento global e ao derretimento do permafrost, que permite a formação de bolsões de metano.

O geocientista ambiental Helge Hellevang, da Universidade de Oslo, liderou a pesquisa que investigou as crateras. Sua equipe revisou a literatura existente e desenvolveu modelos computacionais para entender a origem das explosões. Eles descobriram que as penínsulas em questão apresentam sinais de afinamento do permafrost, possivelmente devido a falhas tectônicas. Hellevang acredita que essas falhas desempenham um papel central na formação das crateras.

Mecanismo das Explosões

Os modelos sugerem que as explosões ocorrem quando o gás sobe por falhas até uma cavidade sob o permafrost, que se torna vulnerável com o aumento das temperaturas. À medida que o permafrost derrete, a pressão dentro da cavidade aumenta, levando a explosões quando a pressão se torna extrema. Hellevang afirma que, com o aquecimento contínuo, é provável que mais explosões ocorram.

O geólogo Evgeny Chuvilin, do Instituto Skolkovo de Ciência e Tecnologia, ressalta que a geologia local ainda é pouco conhecida e que dados geofísicos disponíveis são indiretos. Ele destaca que as cavidades formadas abaixo da superfície não são completamente compreendidas, e que explosões semelhantes podem ter ocorrido no passado sem serem registradas.

A pesquisadora Lauren Schurmeier, da Universidade do Havaí, complementa que as crateras se degradam rapidamente, tornando-se lagos. Isso levanta a possibilidade de que muitas estruturas semelhantes a lagos na região possam ter se originado de explosões. Hellevang planeja monitorar a evolução das crateras ao longo do tempo, buscando entender melhor sua formação e impacto na região.

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