- O rio Tietê, em São Paulo, teve a mancha de poluição reduzida de 207 quilômetros em 2024 para 174 quilômetros em 2025, segundo a pesquisa da SOS Mata Atlântica.
- Apesar da diminuição da poluição, a qualidade da água é preocupante, com apenas um ponto classificado como de boa qualidade.
- A maioria dos pontos monitorados, totalizando 576 quilômetros, é considerada ruim ou péssima. Apenas 34 quilômetros, na nascente em Salesópolis, foram identificados como bons.
- A Sabesp investiu R$ 22 bilhões em despoluição desde 2023 e retirou cerca de 27 mil toneladas de lixo flutuante do rio em 2025, um aumento de 24% em relação ao ano anterior.
- A recuperação da qualidade da água requer soluções que vão além das tradicionais, como a criação de parques lineares e a proteção de nascentes.
O rio Tietê, um dos principais rios de São Paulo, apresenta uma leve melhora em sua poluição, com a mancha reduzida de 207 km em 2024 para 174 km em 2025, segundo o estudo Observando o Tietê, da SOS Mata Atlântica. Apesar dessa diminuição, a qualidade da água permanece alarmante, com apenas um ponto classificado como de boa qualidade.
A pesquisa revela que a maioria dos pontos monitorados, que somam 576 km, é considerada ruim ou péssima. Apenas 34 km foram identificados como “bons”, localizados na nascente em Salesópolis. O coordenador do estudo, Gustavo Veronesi, destaca que a situação do Tietê ainda é crítica, com a qualidade da água vulnerável a fatores como variações climáticas e poluição.
Desafios Persistentes
Os dados indicam que a bacia do Tietê, que abrange 265 municípios, enfrenta desafios adicionais, como a redução das chuvas, que caíram de 2.050 mm em 2010 para 1.072 mm em 2024. A Sabesp investiu R$ 22 bilhões em despoluição desde 2023, mas a ONG ressalta que as soluções tradicionais não são suficientes. Veronesi enfatiza a necessidade de um equilíbrio entre infraestrutura e preservação ambiental.
A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo informou que, em 2025, foram retiradas cerca de 27 mil toneladas de lixo flutuante do rio, um aumento de 24% em relação ao ano anterior. A Sabesp também conectou 800 mil residências ao sistema de esgoto, mas a recuperação do Tietê requer um esforço conjunto que vai além de medidas convencionais.
Caminhos para a Recuperação
O estudo aponta que a recuperação da qualidade da água do Tietê é um processo lento. A ONG sugere que soluções baseadas na natureza, como a criação de parques lineares e a proteção de nascentes, são essenciais para um futuro sustentável. A falta de água de qualidade no Tietê continua a ser um desafio para a saúde pública e a biodiversidade local.