- A Europa enfrenta um verão com recordes de emissões de carbono devido a incêndios florestais.
- O Copernicus, observatório europeu de monitoramento do clima, informou que as emissões na União Europeia e no Reino Unido são as mais altas em 23 anos.
- Mais de um milhão de hectares foram queimados, com a Península Ibérica sendo a mais afetada, especialmente na Espanha e em Portugal.
- Condições climáticas extremas tornaram os incêndios 40 vezes mais prováveis, com temperaturas superando 40°C em agosto.
- Estudo do World Weather Attribution aponta que, sem as mudanças climáticas, esses eventos ocorreriam a cada 500 anos, mas agora são esperados a cada 15 anos.
A Europa enfrenta um verão devastador, com recordes de emissões de carbono devido a incêndios florestais. O Copernicus, observatório europeu de monitoramento do clima, revelou que as emissões anuais na União Europeia e no Reino Unido são as mais altas em 23 anos. Este aumento alarmante é resultado de condições climáticas extremas que tornaram os incêndios 40 vezes mais prováveis.
Mais de um milhão de hectares foram consumidos pelo fogo, especialmente na Península Ibérica, onde dois terços da área queimada estão localizados na Espanha e em Portugal. O Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais destacou que este é o maior índice desde o início das estatísticas, em 2006. Durante agosto, a região enfrentou temperaturas que frequentemente ultrapassaram os 40°C, chegando a 45°C em algumas áreas do sul.
Impacto das Mudanças Climáticas
As condições climáticas que favoreceram os incêndios foram analisadas por um estudo do World Weather Attribution. Os cientistas afirmam que, sem a influência das mudanças climáticas provocadas pela atividade humana, a frequência de tais eventos seria drasticamente menor, ocorrendo apenas uma vez a cada 500 anos. Atualmente, essas condições críticas de temperatura, umidade e vento são esperadas a cada 15 anos.
A situação na Península Ibérica é um reflexo das mudanças climáticas que a Europa já enfrenta, com eventos extremos se tornando cada vez mais comuns. O aumento das temperaturas e a ocorrência de incêndios florestais são apenas alguns dos desafios que o continente terá que enfrentar nos próximos anos.