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Tietê continua poluído após R$ 22 bilhões em investimentos na despoluição

Apenas um dos 55 pontos monitorados do Rio Tietê apresenta qualidade da água boa, apesar de investimentos de R$ 22 bilhões em despoluição.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Fundação destaca a necessidade de ações integradas além do saneamento básico para a recuperação do maior rio paulista (Foto: Reprodução)
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  • O Rio Tietê enfrenta grave poluição, mesmo após R$ 22 bilhões investidos em despoluição desde 2023.
  • Um estudo da Fundação SOS Mata Atlântica, divulgado em 18 de setembro, mostra que apenas 1 de 55 pontos monitorados apresenta qualidade da água boa.
  • A extensão da mancha de poluição diminuiu 15,9%, mas a situação continua crítica.
  • O governo paulista aumentou os recursos para saneamento, passando de R$ 1,1 bilhão em 2023 para R$ 20 bilhões entre 2024 e 2026.
  • Especialistas alertam que é necessário um pacto entre governos, empresas e cidadãos para melhorar a situação do rio.

Rio Tietê continua em estado crítico, mesmo após R$ 22 bilhões em investimentos

O Rio Tietê, um dos principais símbolos culturais e econômicos de São Paulo, enfrenta uma grave crise de poluição. Um estudo da Fundação SOS Mata Atlântica, divulgado em 18 de setembro, revela que, apesar de R$ 22 bilhões investidos em despoluição desde 2023, a qualidade da água permanece alarmante. Apenas 1 de 55 pontos monitorados apresenta condições boas, uma queda em relação aos três pontos registrados em 2024.

Os dados mostram que, embora a extensão da mancha de poluição tenha diminuído em 15,9% (de 207 km em 2024 para 174 km), a situação ainda é crítica. Gustavo Veronesi, coordenador do projeto Observando os Rios na SOS Mata Atlântica, destaca que a piora em 2024 não é um caso isolado, mas parte de uma tendência de retrocessos iniciada em 2022.

Desafios e Investimentos

Após a desestatização da Sabesp, o governo paulista anunciou um aumento significativo nos recursos para saneamento, passando de R$ 1,1 bilhão em 2023 para R$ 20 bilhões entre 2024 e 2026. As ações incluem a eliminação gradual do lançamento de rejeitos no Tietê e o atendimento a mais de 800 mil domicílios com tratamento de esgoto. No entanto, a classificação legal de muitos trechos do rio, como “Classe 4”, a mais permissiva para poluentes, é um dos principais obstáculos à recuperação.

Malu Ribeiro, diretora de políticas públicas da SOS Mata Atlântica, enfatiza que a solução vai além do aumento de investimentos. É necessário implementar parques lineares, recuperar nascentes e proteger as matas ciliares. “Para que o Tietê avance de forma consistente, é fundamental adotar planos integrados de gestão da bacia”, afirma.

Impactos das Mudanças Climáticas

A vulnerabilidade do Tietê é exacerbada pelas mudanças climáticas. A redução das chuvas, que caiu de 2.050 mm em 2010 para 1.072 mm em 2024, compromete a diluição de poluentes. Incidentes como o rompimento de um interceptor de esgoto na Marginal Tietê e despejos irregulares também agravam a situação.

A secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo, Natália Resende, expressa otimismo, afirmando que até 2029 o rio estará mais limpo. Contudo, especialistas alertam que é essencial um pacto entre governos, empresas e cidadãos para que o Tietê retome seu papel como símbolo de vida e cultura.

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