- A COP30 ocorrerá em Belém e gera intenso debate sobre as expectativas do Brasil em questões climáticas.
- O país, reconhecido como líder em sustentabilidade desde a ECO-92, enfrenta críticas sobre sua nova Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), considerada insuficiente por muitos.
- A logística e infraestrutura de Belém são desafiadoras, com déficits estruturais que podem impactar o evento.
- A nova NDC brasileira foi apresentada em novembro do ano passado e criticada por falta de ambição, especialmente por países desenvolvidos.
- Apesar das dificuldades, lideranças políticas e a sociedade civil buscam garantir que a COP30 seja um marco significativo para ações climáticas.
Expectativas e Desafios da COP30 em Belém
A COP30, que ocorrerá em Belém, está no centro de um intenso debate sobre as expectativas que o Brasil enfrenta em relação às questões climáticas. O país, reconhecido como um líder em sustentabilidade desde a ECO-92, agora lida com críticas sobre sua nova NDC (Contribuição Nacionalmente Determinada), que muitos consideram insuficiente.
A logística e a infraestrutura de Belém são pontos críticos. Apesar de déficits estruturais, a cidade se mobiliza para receber o evento. A história das conferências climáticas mostra que problemas logísticos são comuns. Em eventos anteriores, como em Dubai e Glasgow, participantes enfrentaram desafios semelhantes, mas a cobertura midiática tende a ser mais severa com o Brasil.
A nova NDC brasileira, apresentada em novembro do ano passado, foi criticada por falta de ambição, especialmente por países do Norte Global. Contudo, o Brasil foi um dos primeiros a cumprir os prazos estabelecidos, um fato que não deve ser ignorado. A governança climática é um processo complexo, onde o consenso é fundamental para o avanço.
Desafios Estruturais e Expectativas Desiguais
As críticas direcionadas ao Brasil refletem um desequilíbrio estrutural nas responsabilidades climáticas. Países desenvolvidos frequentemente exigem mais do Brasil, sem oferecer contrapartidas adequadas em termos de recursos ou tecnologia. Essa dinâmica cria uma armadilha: se o Brasil atender às expectativas, reforça sua imagem de liderança, mas se falhar, as críticas de inação surgem.
Apesar das dificuldades, lideranças políticas e a sociedade civil estão se esforçando para garantir que a COP30 seja um marco significativo. O foco agora deve ser em contribuições construtivas, que ajudem a alavancar ações e ambições, em vez de cobranças que possam fragilizar o evento.
