- O Brasil se comprometeu a restaurar 12 milhões de hectares até 2030, conforme o Acordo de Paris.
- O governo revitalizou o Planaveg, que visa a recuperação da vegetação nativa.
- A Rede de Sementes da Bioeconomia Amazônica (Reseba), criada em 2021, gerou R$ 1,5 milhão em renda para comunidades indígenas e quilombolas.
- O Planaveg busca superar a baixa demanda por sementes e prevê a formação de coletores e técnicos.
- A Aliança pela Restauração da Amazônia mapeou 205 fontes de financiamento para a recuperação florestal.
O Brasil reafirma seu compromisso de restaurar 12 milhões de hectares até 2030, conforme o Acordo de Paris. A iniciativa é impulsionada por projetos como o Planaveg, que visa a recuperação da vegetação nativa, agora revitalizado pelo governo de Luís Inácio Lula da Silva.
A Rede de Sementes da Bioeconomia Amazônica (Reseba), criada em 2021, já gerou R$ 1,5 milhão em renda para comunidades indígenas e quilombolas. Com 620 coletores, a Reseba tem sido fundamental na coleta e comercialização de sementes, contribuindo para a restauração de áreas degradadas. Rariane Suruí, da aldeia Apoena Meirelles, destaca que as árvores em seu território são agora vistas como guardas de sementes para o futuro.
O Planaveg, que teve sua nova edição lançada em dezembro de 2024, busca superar desafios enfrentados por essas redes, como a baixa demanda por sementes. O plano prevê a formação de indígenas e agricultores como coletores e técnicos, além de articular políticas de assistência técnica e acesso a crédito. Thiago Belote, do Ministério do Meio Ambiente, enfatiza a importância de fortalecer essas redes para a recuperação de áreas degradadas.
Entretanto, a demanda por sementes ainda é um obstáculo. A Rede de Sementes do Xingu, por exemplo, tem enfrentado dificuldades em encontrar um mercado estável, apesar de já ter contribuído para a restauração de 11 mil hectares. A falta de interesse do mercado em replantio florestal limita o potencial de coleta das redes.
O governo federal também aposta na regeneração natural, identificando 16 milhões de hectares de vegetação secundária na Amazônia. Contudo, a governança das redes de sementes e a burocracia ainda representam desafios significativos. A colaboração entre redes, como a do Redário, tem se mostrado essencial para compartilhar experiências e fortalecer a cadeia de restauração.
A Aliança pela Restauração da Amazônia mapeou 205 fontes de financiamento para impulsionar a recuperação florestal. Apesar dos desafios, a determinação de coletoras como Rariane Suruí é clara: plantar hoje para sustentar as próximas gerações.