- Em 2025, a produção global de combustíveis fósseis deve ultrapassar em 120% os limites do Acordo de Paris, segundo o relatório de Lacuna de Produção.
- O Brasil, um dos maiores produtores, aumentou suas estimativas de extração de petróleo e gás, com um acréscimo de 4,1 exajoules no petróleo e 0,9 exajoules no gás.
- Apesar do reconhecimento da necessidade de transição energética, 17 dos 20 maiores produtores de combustíveis fósseis planejam aumentar sua produção.
- O coordenador do relatório, Derik Broekhoff, ressalta a dependência contínua de combustíveis fósseis por muitos países, incluindo o Brasil, que se comprometeu a reduzir suas emissões em até 67% até 2035.
- Neil Grant, da Climate Analytics, alerta que a expansão da produção de combustíveis fósseis é insustentável e prejudicial, especialmente para populações vulneráveis.
Em 2025, a produção global de combustíveis fósseis está prevista para exceder em 120% os limites estabelecidos pelo Acordo de Paris, conforme aponta o relatório de Lacuna de Produção, elaborado por instituições como o Instituto Ambiental de Estocolmo. O Brasil, que se destaca entre os maiores produtores, aumentou suas estimativas de produção, refletindo uma tendência preocupante.
O estudo revela que, enquanto muitos países reconhecem a necessidade de transição energética, 17 dos 20 maiores produtores de combustíveis fósseis planejam aumentar sua produção. O Brasil, por exemplo, viu suas projeções de extração de petróleo e gás crescerem significativamente, com um aumento de 4,1 exajoules no petróleo e 0,9 exajoules no gás. Esses números colocam o país em uma posição crítica, especialmente com a COP30 se aproximando.
Derik Broekhoff, coordenador do relatório, destaca que, apesar dos compromissos globais, muitos países permanecem dependentes de combustíveis fósseis. O Brasil, que se comprometeu a reduzir suas emissões em até 67% até 2035, enfrenta um dilema: continuar a explorar suas reservas, como o pré-sal, ou buscar alternativas sustentáveis.
A análise também aponta que, se a produção de combustíveis fósseis não for drasticamente reduzida, o mundo enfrentará consequências severas. Neil Grant, da Climate Analytics, enfatiza que a expansão da produção fósseis é insustentável e prejudicial, especialmente para as populações mais vulneráveis. A necessidade de uma transição rápida para energias renováveis é mais urgente do que nunca, mas os dados atuais indicam um retrocesso em direção ao passado fóssil.