- A Espanha enfrentou incêndios florestais que queimaram 400.000 hectares, principalmente na Galícia e em Castilla y León.
- Moradores, como Manola Rodríguez e Leopoldo Nogueira, tentam reconstruir suas vidas após perderem suas casas.
- Manola foi resgatada enquanto as chamas ameaçavam seu povoado, e Leopoldo teve que fugir de sua residência em San Vicente de Leira.
- A Xunta de Galicia anunciou ajudas financeiras de até R$ 132 mil para recuperação de residências e R$ 16 mil para reposição de bens perdidos.
- A recuperação será um processo longo, e a comunidade enfrenta desafios econômicos, com negócios locais afetados pela queda no turismo.
Incêndios devastadores na Espanha: reconstrução e desafios
Recentemente, a Espanha enfrentou incêndios florestais que devastaram 400.000 hectares em diversas regiões, especialmente na Galícia e em Castilla y León. Os moradores, como Manola e Leopoldo, tentam agora reconstruir suas vidas após perderem suas casas e meios de subsistência.
No dia 17 de agosto, Manola Rodríguez, de 57 anos, presenciou a destruição em seu povoado, Fervenza, quando as chamas se aproximaram rapidamente. Ela foi resgatada por um policial local, enquanto em outra parte da Galícia, um grupo de ganaderos lutava para salvar 450 vacas cercadas pelo fogo. A situação era crítica, com o incêndio ameaçando isolar tanto os animais quanto os homens.
Leopoldo Nogueira, um aposentado de 78 anos, também viveu momentos de desespero. Ao tentar salvar sua casa em San Vicente de Leira, ele teve que fugir às pressas, deixando tudo para trás. O incêndio, que começou em Larouco, consumiu 44.000 hectares em apenas quatro dias, tornando-se um dos maiores da história da Galícia.
Promessas de ajuda e desafios à frente
Duas semanas após os incêndios, os moradores começam a receber promessas de ajuda financeira. A Xunta de Galicia anunciou ajudas de até 132.000 euros para a recuperação de residências e 16.000 euros para reposição de bens perdidos. No entanto, muitos ainda enfrentam o trauma das perdas e a incerteza sobre o futuro.
Manola, que busca a cruz de metal que estava na igreja de sua aldeia, relata que ainda não consegue dormir direito. O medo do fogo e da destruição a assombra. Enquanto isso, Leopoldo e sua esposa, Ana, já encontraram uma nova casa, mas a dor da perda ainda é palpável. Eles estão determinados a reconstruir suas vidas, mesmo diante das dificuldades.
Os incêndios não apenas destruíram lares, mas também impactaram a economia local. Em Las Médulas, um hotel que costumava estar cheio de turistas agora está vazio, refletindo o impacto econômico devastador. A Junta de Castilla e León também anunciou subvenções de até 5.500 euros para negócios afetados.
A luta pela recuperação
Os relatos de bravura e resistência são comuns entre os moradores. Muitos, como o bombeiro Serafín Álvarez, enfrentaram o fogo sem os recursos adequados, enquanto outros, como o prefeito de Felechares de la Valdería, destacam a luta da comunidade para salvar suas casas. A recuperação será um processo longo e difícil, mas a determinação dos moradores é evidente.
Com a chegada de chuvas e a diminuição das temperaturas, há esperança de que a natureza comece a se recuperar. No entanto, a cicatriz deixada pelos incêndios será sentida por muito tempo, e a luta pela reconstrução apenas começou.
