- Em 2024, o mundo enfrentou temperaturas recordes, com 40% da eletricidade gerada a partir de fontes renováveis.
- Na Europa, o número de mortes por calor triplicou, totalizando 24,4 mil fatalidades, sendo que 68% poderiam ter sido evitadas.
- As ondas de calor afetam principalmente os mais vulneráveis, como idosos e crianças.
- A Unicef estima que 500 milhões de crianças vivem em áreas com aumento significativo de dias extremamente quentes.
- O calor intenso danifica a infraestrutura, como estradas e ferrovias, e a Organização Mundial Meteorológica (OMM) alerta que a última década teve os dez anos mais quentes já registrados.
Mudanças climáticas intensificam ondas de calor e afetam saúde global
Em 2024, o mundo registrou temperaturas recordes, com 40% da eletricidade gerada a partir de fontes renováveis. No entanto, a Europa enfrentou um aumento alarmante nas mortes por calor, que triplicaram em relação ao ano anterior, destacando a gravidade da crise climática.
As ondas de calor, consideradas o tipo de clima extremo mais mortal, resultaram em 24,4 mil mortes na Europa, sendo que 68% dessas fatalidades poderiam ter sido evitadas sem a frequência crescente de eventos climáticos extremos. Especialistas alertam que os mais vulneráveis, como idosos e crianças, são os mais afetados.
Impactos sociais e econômicos
As altas temperaturas não apenas comprometem a saúde, mas também desestabilizam a sociedade. A Unicef estima que 500 milhões de crianças vivem em áreas com pelo menos o dobro de dias extremamente quentes em comparação com seis décadas atrás. Muitas dessas regiões carecem de infraestrutura adequada, como ar-condicionado, para enfrentar o calor.
Em países como o Paquistão, ondas de calor severas levaram à redução do horário escolar e antecipação das férias. O calor extremo também impacta a produtividade, com discussões sobre pausas no trabalho se tornando comuns em locais que tradicionalmente não enfrentam altas temperaturas.
Desafios para a infraestrutura
O calor intenso afeta a infraestrutura, causando danos em estradas, ferrovias e pontes. Superfícies de asfalto podem derreter, enquanto trilhos ferroviários se deformam. A Organização Mundial Meteorológica (OMM) aponta que todos os anos da última década estão entre os dez mais quentes já registrados, com gases de efeito estufa sendo os principais responsáveis.
As mudanças climáticas, impulsionadas pela queima de combustíveis fósseis, aumentaram a frequência e a intensidade das ondas de calor desde a década de 1950. Cada fração de grau de aquecimento contribui para a intensificação desses eventos, que também elevam o risco de desastres como secas e incêndios florestais.
Medidas de adaptação e mitigação
Especialistas recomendam que as pessoas evitem atividades extenuantes e se mantenham hidratadas. Medidas de longo prazo incluem tornar as cidades mais resilientes às mudanças climáticas, com a criação de espaços verdes e o plantio de árvores. Em 2024, a energia solar foi o principal motor da transição para fontes renováveis, essencial para enfrentar o desafio global de reduzir as temperaturas.