- A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, anunciou o Fundo Floresta Tropical para Sempre, com o objetivo de arrecadar US$ 120 bilhões para a proteção das florestas.
- A declaração ocorreu em Nova York, onde a ministra expressou otimismo sobre a COP30, que o Brasil sediará em breve.
- Marina destacou que a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris representa um desafio para as negociações climáticas.
- O fundo será um mecanismo inovador, utilizando apenas os rendimentos para financiar a preservação das florestas, com expectativa de gerar cerca de US$ 4 bilhões por ano.
- A ministra também mencionou preocupações logísticas para a COP30, como aumento de preços de hospedagem e atrasos em obras, mas se mostrou confiante na capacidade do Brasil de superar esses desafios.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, anunciou o lançamento do Fundo Floresta Tropical para Sempre, que visa arrecadar US$ 120 bilhões para a proteção das florestas, em meio a preocupações sobre a postura do governo Trump em relação ao meio ambiente. A declaração foi feita durante uma entrevista em Nova York, onde Marina expressou otimismo sobre a COP30, que o Brasil sediará em breve.
A ministra destacou que a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris representa um desafio significativo para as negociações climáticas. “Se os Estados Unidos não fizerem sua parte, alguém vai ter que fazer,” afirmou, enfatizando o impacto negativo da política ambiental do governo Trump, que tem incentivado a produção de combustíveis fósseis e desestimulado investimentos em energias renováveis.
Marina Silva, que acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma série de eventos na ONU, ressaltou que o Fundo Floresta Tropical para Sempre será um mecanismo inovador, focado em investimentos em vez de doações. “Vamos usar apenas os rendimentos do fundo, que dará cerca de US$ 4 bilhões por ano para países que preservam suas florestas,” explicou.
Desafios Logísticos da COP30
Com a COP30 se aproximando, Marina também abordou as preocupações logísticas que têm dominado o debate. “Hoje, a parte logística tem tomado conta do debate,” disse, referindo-se ao aumento dos preços de hospedagem e atrasos em obras de infraestrutura. Apesar disso, a ministra se mostrou otimista em relação à capacidade do Brasil de superar esses desafios e focar nas negociações climáticas.
A ministra ainda comentou sobre a dependência global de combustíveis fósseis e a necessidade de uma transição justa para energias renováveis. “O mundo vive uma contradição ao mesmo tempo em que vive uma emergência,” afirmou, destacando a urgência de ações concretas para enfrentar as mudanças climáticas.
Marina Silva concluiu enfatizando a importância de um compromisso global para a redução das emissões de gases do efeito estufa, especialmente em um momento em que apenas 37 países apresentaram suas metas de redução, um número que precisa aumentar até o final de setembro.
