- A falta de saneamento básico no Brasil afeta 45% da população, que não tem acesso à coleta de esgoto.
- Em 2024, foram registradas 344 mil internações e mais de 11,5 mil mortes devido a doenças relacionadas a essa carência.
- O tratamento de dejetos é ainda mais crítico, com 48% da população sem esse serviço.
- O Brasil despeja diariamente o equivalente a 5.200 piscinas olímpicas de esgoto bruto na natureza, liberando metano, um gás de efeito estufa 28 vezes mais potente que o dióxido de carbono.
- A contaminação de ambientes aquáticos compromete ecossistemas e a saúde pública, com surtos de viroses frequentemente associados ao contato com água contaminada.
A falta de saneamento básico no Brasil continua a ser uma questão alarmante, com dados recentes revelando que 45% da população ainda não tem acesso à coleta de esgoto. Em 2024, 344 mil internações e mais de 11,5 mil mortes foram atribuídas a doenças relacionadas a essa carência. O Instituto Trata Brasil destaca que, quando se considera o tratamento de dejetos, a situação se agrava, com 48% da população sem esse serviço essencial.
Diariamente, o Brasil despeja na natureza o equivalente a 5.200 piscinas olímpicas de esgoto bruto. Essa realidade não apenas compromete a saúde pública, mas também gera impactos ambientais significativos. A decomposição do esgoto sem tratamento libera metano, um gás de efeito estufa 28 vezes mais potente que o dióxido de carbono.
Impactos na Saúde Pública
As consequências da falta de saneamento são diretas. Doenças como diarreia, verminoses e infecções de pele, além de enfermidades transmitidas por mosquitos, como dengue e chikungunya, têm suas origens na exposição ao esgoto. A presidente-executiva do Instituto Trata Brasil, Luana Pretto, afirma que surtos de viroses em praias frequentemente estão ligados ao contato com água contaminada.
Desafios Ambientais
Além dos problemas de saúde, a contaminação de rios, lagos e praias compromete ecossistemas inteiros. Belém, que sediará a COP30 em novembro, exemplifica essa crise, com cerca de 80% da população sem coleta de esgoto. A expectativa é que a atenção internacional sobre a Amazônia leve a ações concretas para enfrentar essa questão, que é tudo menos básica.