- A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, iniciou sua agenda na 80ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York.
- Ela participou da Reunião de Alto Nível sobre Adaptação Climática, convocada pela Equipe de Ação Climática do Secretário-Geral da ONU, em parceria com Brasil, Itália, África do Sul e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
- Durante o evento, foram discutidos mecanismos financeiros inovadores para acelerar políticas de adaptação climática.
- Marina Silva destacou a adaptação climática como central nas negociações e mencionou que a lacuna de adaptação em 2024 é até quatorze vezes maior do que os recursos disponíveis atualmente.
- O Brasil planeja formalizar o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) e aprofundar diálogos sobre financiamento na COP30, que ocorrerá em Belém.
Nova York – A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, deu início à sua agenda na 80ª Assembleia Geral da ONU, participando da Reunião de Alto Nível sobre Adaptação Climática. O evento, realizado na sede da ONU, foi convocado pela Equipe de Ação Climática do Secretário-Geral, em parceria com Brasil, Itália, África do Sul e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). O encontro contou com a presença de representantes de diversos países e organizações internacionais, discutindo mecanismos financeiros inovadores para acelerar políticas adaptativas.
A participação do Brasil marca o início de uma série de articulações multilaterais que podem influenciar a COP30, programada para Belém. Durante sua fala, Marina Silva destacou a adaptação climática como um elemento central nas negociações, enfatizando a necessidade de implementar compromissos já assumidos. “A humanidade chegou a um ponto decisivo”, afirmou, ressaltando que a lacuna de adaptação identificada em 2024 é até 14 vezes maior do que os fluxos atuais de recursos.
Pilares da Adaptação
A ministra defendeu três pilares essenciais para avançar na agenda climática: instituições nacionais robustas, recursos públicos previsíveis e instrumentos financeiros inovadores, como o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF). Ana Toni, CEO da COP30, reforçou a necessidade de soluções práticas na conferência, destacando o compromisso do Brasil em aprofundar diálogos com financiadores e países desenvolvidos.
Paralelamente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém uma agenda oficial alinhada aos temas da COP30, incluindo um encontro com o CEO do TikTok sobre regulamentação digital. A delegação brasileira busca redirecionar a atenção internacional para questões climáticas, que correm o risco de ser ofuscadas por tensões geopolíticas e a crise de hospedagem em Belém.
Nos próximos dias, a programação inclui a formalização do TFFF e a Cúpula de Alto Nível sobre Mudança Climática, onde Lula compartilhará a copresidência com o secretário-geral António Guterres, reunindo representantes de 109 países.