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Bilionário minimiza danos ambientais de mineração ilegal em declaração polêmica

Operação revelou esquema de corrupção e degradação ambiental, com movimentação de R$ 4 bilhões em cinco anos e impactos severos em comunidades locais

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Mensagens trocadas entre envolvidos em mineração ilegal em Minas Gerais (Foto: Reprodução)
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  • A Polícia Federal prendeu 15 pessoas em Minas Gerais, incluindo o ex-deputado estadual João Alberto Paixão Lages e o especialista em mineração Hélder Adriano de Freitas.
  • O grupo estava envolvido em um esquema de mineração ilegal que movimentou bilhões de reais, com pagamento de propinas para obter licenças ambientais.
  • Alan Cavalcante do Nascimento foi identificado como o chefe do grupo, que utilizou a empresa Fleurs Global, movimentando R$ 4 bilhões em cinco anos.
  • A operação resultou na interrupção da extração na Serra de Botafogo, mas especialistas alertam para os desafios da recuperação ambiental.
  • Servidores públicos também foram presos, incluindo Caio Mário Trivellato Seabra Filho, diretor da Agência Nacional de Mineração, e Rodrigo de Melo Teixeira, delegado federal.

A Polícia Federal prendeu 15 pessoas em Minas Gerais, incluindo o ex-deputado estadual João Alberto Paixão Lages e o especialista em mineração Hélder Adriano de Freitas, por envolvimento em um esquema de mineração ilegal que movimentou bilhões de reais. A operação, realizada na semana passada, revelou um complexo esquema de corrupção, com pagamento de propinas para a obtenção de licenças ambientais.

Os investigadores identificaram Alan Cavalcante do Nascimento como o chefe do grupo, que, em um áudio interceptado, fez uma declaração irônica sobre os impactos ambientais da mineração, afirmando que a quantidade de rejeitos poderia “colocar piso em Belo Horizonte toda”. Enquanto isso, comunidades como a de Botafogo, em Ouro Preto, enfrentam sérios problemas, como a diminuição drástica do abastecimento de água e o soterramento de uma gruta.

Esquema Bilionário

A empresa Fleurs Global, utilizada pelo grupo, movimentou R$ 4 bilhões em cinco anos, com potencial de gerar até R$ 18 bilhões em exploração ilegal. O dinheiro obtido financiava um estilo de vida luxuoso, com casas na praia e carros importados. Informações cruciais para a investigação vieram da ex-mulher de Alan, que revelou esconderijos de dinheiro e estratégias de intimidação a autoridades.

Após a operação, a extração na Serra de Botafogo foi interrompida, mas especialistas alertam que a recuperação ambiental será um desafio. Cristiane Castro Gonçalves, professora de Engenharia Geológica da UFOP, destacou a necessidade de um licenciamento responsável e fiscalização efetiva na região.

Envolvimento de Servidores Públicos

A investigação também revelou a participação de servidores públicos no esquema. Entre os presos estão Caio Mário Trivellato Seabra Filho, diretor da Agência Nacional de Mineração, e Rodrigo de Melo Teixeira, delegado federal. A Agência Nacional de Mineração afirmou estar colaborando com as autoridades. Outros dois servidores, Arthur Ferreira Rezende e Rodrigo Gonçalves Franco, também foram detidos.

A operação expôs um cenário alarmante de corrupção e degradação ambiental em Minas Gerais, levantando questões sobre a fiscalização e a proteção dos recursos naturais na região.

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