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Brasil deve aumentar produção de petróleo para enfrentar desafios climáticos

Schaeffer defende que o Brasil deve liderar a produção de petróleo com menores emissões, apesar de críticas sobre a extração de combustíveis fósseis.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Foto: Reprodução
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  • O professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Roberto Schaeffer, propõe que a produção de petróleo seja concentrada em países com menores emissões de gases do efeito estufa, como o Brasil.
  • A proposta surge em meio a críticas sobre a necessidade de cortes mais drásticos na extração de combustíveis fósseis, especialmente com a Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP-30) se aproximando.
  • Schaeffer argumenta que o petróleo brasileiro, especialmente o do Pré-Sal, é de melhor qualidade e gera menos emissões durante a extração e refino.
  • Apesar do compromisso do Brasil de reduzir suas emissões em 67% até 2035, o país planeja aumentar sua produção de petróleo em 56% até 2030, gerando contradições nas metas climáticas.
  • Um relatório internacional aponta que os planos de produção de combustíveis fósseis de vários países não são compatíveis com as metas do Acordo de Paris, destacando a necessidade de uma redução coletiva na demanda por esses combustíveis.

Mudanças climáticas e a produção de petróleo: proposta de Roberto Schaeffer

O professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto Schaeffer, sugere que a produção de petróleo seja concentrada em países com menores emissões de gases do efeito estufa, como o Brasil. Essa proposta surge em meio a críticas sobre a necessidade de cortes mais drásticos na extração de combustíveis fósseis, especialmente com a Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP-30) se aproximando, marcada para novembro em Belém.

Schaeffer, que integra o Centro de Energia e Economia Ambiental do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), argumenta que, apesar da demanda global por petróleo, é mais eficiente produzir em locais onde a extração e o refino geram menos emissões. Ele destaca que o petróleo brasileiro, especialmente o do Pré-Sal, é de melhor qualidade e demanda menos energia para ser extraído e refinado.

Contudo, muitos especialistas discordam dessa abordagem, defendendo cortes mais rigorosos na produção de combustíveis fósseis. O Brasil se comprometeu a reduzir suas emissões em 67% até 2035, mas planeja aumentar sua produção de petróleo em 56% até 2030. Essa contradição levanta questões sobre a eficácia das metas climáticas globais.

Desafios e Contradições

O relatório “Lacuna da Produção”, lançado por um grupo internacional de cientistas, revela que os planos de produção de combustíveis fósseis de diversos países são incompatíveis com as metas do Acordo de Paris. O documento enfatiza que, para limitar o aumento da temperatura global a 2ºC, é necessário um compromisso coletivo para reduzir a demanda por combustíveis fósseis.

Schaeffer ressalta que a transição energética não ocorrerá de forma abrupta, especialmente em setores como transporte público e logística, que ainda dependem fortemente do petróleo. Ele defende que a solução deve ser global, com investimentos direcionados a países em desenvolvimento, onde a redução de emissões pode ser mais econômica.

A discussão sobre a produção de petróleo e suas implicações climáticas continua a ser um tema central nas agendas ambientais, especialmente com a crescente pressão para que os países adotem práticas mais sustentáveis.

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