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Ex-caçador transforma câmera em sua nova arma como guia de safári

Mário Rodrigues, ex-caçador, agora guia de campo, transforma sua vida e a percepção da família sobre a conservação das onças-pintadas no Pantanal.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Mario Nelson Cleto Rodrigues, guia de campo da Onçafari, apresenta a importância da preservação da onça-pintada para a natureza e para os pantaneiros (Foto: Reprodução)
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  • Mário Nelson Cleto Rodrigues, de 33 anos, é guia de campo da Onçafari, uma ONG que promove a conservação das onças-pintadas e o ecoturismo no Pantanal.
  • Ele cresceu em uma família de caçadores e, após uma década na Onçafari, mudou sua perspectiva sobre a fauna local.
  • Mário começou sua trajetória na fazenda Caiman, onde inicialmente realizava serviços gerais, e passou a educar sua família sobre a importância da preservação.
  • Ele enfrentou resistência familiar, especialmente do avô, mas conseguiu levar o pai para um passeio na Onçafari, incentivando a conservação.
  • Atualmente, Mário utiliza sua câmera para mostrar as belezas do Pantanal e destaca que sua vida melhorou em termos financeiros e de aprendizado.

Mário Nelson Cleto Rodrigues, de 33 anos, é um exemplo de transformação no Pantanal. Nascido em Aquidauana (MS) em uma família de caçadores, ele trocou a caça de onças-pintadas pela conservação dessas espécies, atuando como guia de campo da Onçafari. A ONG, que promove o ecoturismo, visa proteger a biodiversidade e criar corredores ecológicos em biomas como o Pantanal, Cerrado e Amazônia.

Após uma década na Onçafari, Mário se tornou um defensor da fauna local. Ele começou sua trajetória na fazenda Caiman, onde inicialmente trabalhava em serviços gerais. Com o tempo, sua visão sobre as onças mudou, e ele passou a educar sua família sobre a importância da preservação. “Minha família vem de uma longa ninhada de caçadores. Mudei meu pensamento ao trabalhar na conservação”, afirma Mário.

A adaptação à nova realidade não foi fácil. Mário enfrentou resistência familiar, especialmente do avô, que não compreendia sua escolha. “Quando contei que trabalhava com onça-pintada, ele me perguntou quantas eu tinha matado”, relembra. Após três anos, conseguiu levar o pai para um passeio na Onçafari, plantando a semente da conservação em sua família.

Mudança de Perspectiva

Hoje, Mário se dedica a mostrar aos turistas as belezas do Pantanal, utilizando sua câmera como única “arma”. Ele destaca que sua vida melhorou significativamente, tanto em termos financeiros quanto de aprendizado. “Sinto uma paixão gigantesca pelas nossas onças-pintadas. Não tenho mais medo delas, apenas respeito e carinho”, conclui.

A trajetória de Mário é um exemplo de como o ecoturismo pode transformar não apenas a vida de um indivíduo, mas também a percepção de uma comunidade sobre a fauna local. A Onçafari, com suas iniciativas, demonstra que é possível conciliar a convivência entre humanos e a natureza, promovendo a conservação e o desenvolvimento sustentável na região.

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