- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desqualificou a mudança climática em discurso na Assembleia Geral da ONU, chamando-a de “a maior farsa já perpetrada contra o mundo”.
- Ele criticou o consenso científico e reafirmou seu apoio ao carvão, celebrando a retirada dos EUA do Acordo de Paris.
- Dados de 2024 mostram que o ano foi o mais quente já registrado, com temperatura média global 1,55 °C acima dos níveis pré-industriais.
- As emissões de dióxido de carbono (CO₂) atingiram 422,5 partes por milhão, um aumento de 52% em relação à era pré-industrial.
- A COP30, marcada para novembro em Belém (PA), será um teste crucial para a ação climática global, com a necessidade de compromissos claros para cortar emissões.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desqualificou a mudança climática como “a maior farsa já perpetrada contra o mundo” em seu discurso na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, nesta terça-feira (23). Ele criticou o consenso científico, afirmando que foi elaborado por “pessoas estúpidas” e reafirmou seu apoio ao carvão como fonte de energia, celebrando a retirada dos EUA do Acordo de Paris.
Essas declarações contrastam com dados alarmantes de 2024, que indicam que o ano foi o mais quente já registrado, com uma temperatura média global 1,55 °C acima dos níveis pré-industriais. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) e a NASA confirmaram que a Terra está 1,47 °C mais quente em comparação ao final do século XIX. Além disso, as emissões de CO₂ atingiram 422,5 partes por milhão, um aumento de 52% em relação à era pré-industrial.
Desafios da COP30
A 30ª Conferência do Clima (COP30), marcada para novembro em Belém (PA), será um teste crucial para a ação climática global. O secretário-executivo da ONU para o Clima, Simon Stiell, destacou a necessidade de compromissos claros dos países para cortar emissões de gases do efeito estufa. Ele enfatizou que os planos nacionais, conhecidos como NDCs, devem ser atualizados regularmente para garantir a transparência e a responsabilidade internacional.
Stiell também ressaltou a urgência de um roteiro financeiro robusto, que mobilize 1,3 trilhão de dólares por ano para apoiar os países mais vulneráveis. Ele afirmou que a COP30 não deve se limitar a declarações de intenções, mas sim impulsionar uma implementação mais rápida e abrangente das ações climáticas.
Impactos Visíveis
Os impactos da mudança climática já são evidentes, com mais de 3 bilhões de pessoas vivendo em áreas altamente vulneráveis. A ONU alerta que metade da população mundial enfrenta escassez severa de água por pelo menos um mês por ano. Eventos climáticos extremos, como ondas de calor e secas, estão se tornando mais frequentes e intensos, exigindo uma resposta imediata e eficaz da comunidade internacional.