- Um vendaval atingiu São Paulo, causando a queda de centenas de árvores e deixando mais de 380 mil imóveis sem energia elétrica.
- As rajadas de vento chegaram a 98 km/h, resultando em danos significativos à infraestrutura da cidade.
- O Corpo de Bombeiros registrou 83 chamadas relacionadas a quedas de árvores.
- Especialistas alertam que fenômenos climáticos extremos devem se tornar mais frequentes devido às mudanças climáticas.
- A prefeitura informou que investiu R$ 8,4 bilhões em obras de drenagem desde 2021 e a Enel, responsável pela energia, reforçou suas equipes para restabelecer o fornecimento.
São Paulo enfrenta tempestade severa e queda de árvores
Na tarde de ontem, um vendaval atingiu São Paulo, resultando em mais de 380 mil imóveis sem energia elétrica e centenas de árvores caídas. As rajadas de vento chegaram a 98 km/h, causando danos significativos à infraestrutura da cidade.
O Corpo de Bombeiros registrou 83 chamadas relacionadas a quedas de árvores. Especialistas alertam que fenômenos climáticos extremos, como este, devem se tornar mais frequentes devido às mudanças climáticas. O botânico Ricardo Cardim critica a gestão da arborização urbana, afirmando que as árvores estão abandonadas e mal cuidadas.
Estudos indicam que podas inadequadas contribuem para a queda de árvores. O professor Giuliano Locosselli, da USP, destaca a necessidade de um plano integrado de manejo da arborização. Um projeto em parceria com a prefeitura visa monitorar árvores com sensores para melhorar a gestão.
Impactos diretos nos moradores
Moradores de áreas afetadas relataram dificuldades. Vanessa Cristina Matarazzo, do Pacaembu, ficou sem energia e teve que interromper seu trabalho. Antonio Castelo Branco, da Associação de Moradores de Amora Perdizes, mencionou que sua vizinha de 96 anos não pôde sair de casa devido à falta de elevador.
Em Higienópolis, Ricardo Gonschior viu sua casa sofrer danos severos, com telhas e árvores derrubadas em questão de minutos. A situação evidencia a urgência de soluções inovadoras para a drenagem e contenção de água da chuva, conforme sugere o engenheiro Antonio Giansante.
Respostas da prefeitura e empresas
A prefeitura de São Paulo informou que possui um plano de ação climática e que, desde 2021, investiu R$ 8,4 bilhões em obras de drenagem. A Enel, responsável pela energia, afirmou que se preparou para o temporal e reforçou suas equipes para restabelecer o fornecimento.
Meteorologistas alertam que a frequência de chuvas intensas deve aumentar, especialmente na transição entre as estações. A combinação de altas temperaturas e umidade favorece a formação de tempestades, exigindo atenção redobrada das autoridades para mitigar os impactos.