Em Alta NotíciasConflitoseconomiaFutebolrelações internacionais

Converse com o Telinha

Telinha
Oi! Posso responder perguntas apenas com base nesta matéria. O que você quer saber?
Entrar

Cidades-esponja: conceito de arquiteto chinês se destaca após tragédia no Pantanal

Kongjian Yu, criador do conceito de cidades-esponja, morreu em um acidente aéreo, mas seu legado continua a influenciar o urbanismo global.

Telinha
Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Projeto em Zhejiang representa a implementação da ideia de 'cidade-esponja' (Foto: Reprodução)
0:00 0:00
  • O arquiteto chinês Kongjian Yu faleceu em um acidente aéreo no Pantanal, no Mato Grosso do Sul, na noite de terça-feira, 23 de setembro de 2025.
  • Ele estava documentando seu trabalho com cineastas e um piloto, todos falecendo no incidente.
  • Kongjian Yu era conhecido por criar o conceito de “cidades-esponja”, que visa mitigar enchentes por meio de soluções urbanas que absorvem água da chuva.
  • O modelo inclui a implementação de parques alagáveis, telhados verdes e calçamentos permeáveis, promovendo a infiltração da água no solo.
  • Apesar da sua morte, o legado de Yu continua a influenciar projetos de urbanismo em várias partes do mundo.

Kongjian Yu, arquiteto chinês e criador do conceito de cidades-esponja, faleceu em um acidente aéreo no Pantanal, no Mato Grosso do Sul, na noite de terça-feira (23). Ele estava documentando seu trabalho com cineastas e um piloto, todos falecendo no incidente. O conceito de cidades-esponja, que visa mitigar enchentes por meio de soluções urbanas que absorvem água da chuva, ganhou destaque após tragédias, como as inundações em Pequim em 2012.

A ideia de Yu propõe que as cidades adotem parques alagáveis, telhados verdes e calçamentos permeáveis para reter água da chuva, reduzindo o risco de enchentes e garantindo reservas em períodos de seca. Após a tragédia em Pequim, onde chuvas intensas causaram a morte de quase 80 pessoas, a China começou a investir em projetos que incorporam esse modelo, promovendo uma infraestrutura que permite a infiltração da água no solo.

Funcionamento das Cidades-Esponja

O modelo de cidades-esponja transforma a infraestrutura urbana. Os parques alagáveis funcionam como áreas verdes que se inundam durante cheias, mas oferecem lazer em períodos secos. Os telhados verdes ajudam a reduzir o volume de água que vai para os bueiros e melhoram a qualidade do ar. Já os calçamentos permeáveis permitem que a água da chuva infiltre no solo, como observado em cidades como Copenhague e em várias cidades chinesas.

Exemplos e Legado

Cidades como Taizhou e Jinhua, na China, têm se destacado na aplicação do conceito, substituindo muros de concreto por parques que controlam enchentes. Em Roterdã, a praça Benthemplein foi projetada para armazenar água da chuva, enquanto Nova York e Bangcoc também implementaram soluções semelhantes. No Brasil, a discussão sobre cidades-esponja se intensificou após enchentes no Rio Grande do Sul em 2024, mas a adoção do modelo ainda é incipiente.

Kongjian Yu, fundador do escritório Turenscape, deixou um legado significativo no urbanismo contemporâneo. Sua visão sobre como as cidades podem conviver com a água continua a inspirar projetos ao redor do mundo, mesmo após sua trágica morte.

Comentários 0

Entre na conversa da comunidade
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela; a responsabilidade é do autor da mensagem. Conecte-se para comentar

Veja Mais