- O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participou da Cúpula sobre Ambição Climática em Nova York.
- Ele alertou que a falta de decisões firmes contra a crise climática pode fortalecer o negacionismo e enfraquecer a democracia.
- Lula pediu que os países atualizem suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e destacou a importância da COP30, que ocorrerá em novembro em Belém.
- O presidente enfatizou que as NDCs são obrigações e pediu que países ricos antecipem suas metas de neutralidade climática e aumentem investimentos em tecnologia.
- O evento visou mobilizar governos, empresas e a sociedade civil para compromissos concretos na redução de emissões até dois mil e trinta e cinco.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou, durante a Cúpula sobre Ambição Climática em Nova York, que a falta de decisões firmes contra a crise climática pode fortalecer o negacionismo e enfraquecer a democracia. O evento, que ocorreu no contexto da 80ª Assembleia Geral da ONU, contou com a presença do secretário-geral António Guterres. Lula enfatizou a necessidade de todos os países atualizarem suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e reiterou a importância da COP30, agendada para novembro em Belém (PA).
O presidente alertou que, sem ações decisivas, a confiança da sociedade nos líderes políticos pode ser abalada. “Se não tomarmos uma decisão, a sociedade vai parar de acreditar nos seus líderes”, afirmou Lula, ressaltando que isso pode alimentar o descrédito na política e no multilateralismo. Ele classificou a COP30 como a “COP da verdade” e fez um apelo para que os chefes de Estado se engajem ativamente.
Urgência de Ação Coletiva
Lula também pediu que os países ricos antecipem suas metas de neutralidade climática e aumentem os investimentos em tecnologia. Ele lembrou que o Brasil se comprometeu a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em 53%. O presidente enfatizou que as contribuições nas NDCs são obrigações, não opções, e que a mobilização coletiva é essencial para enfrentar os desafios climáticos.
O encontro em Nova York teve como objetivo mobilizar governos, empresas e a sociedade civil para apresentar compromissos concretos que visem a redução das emissões até 2035. Lula reiterou que nenhum país está acima do outro e que o unilateralismo pode gerar desconfiança entre as nações. A mensagem do presidente reflete a crescente preocupação global com as mudanças climáticas e a necessidade de um esforço conjunto para garantir um futuro sustentável.