- Cientistas alertam sobre a formação de uma nova onda de calor marinha no Pacífico, semelhante ao fenômeno “Blob”.
- Entre 2014 e 2016, o “Blob” causou a morte de quatro milhões de airos, afetando a cadeia alimentar.
- A temperatura média da superfície do oceano atingiu 20,82 °C em agosto de 2023, um dos maiores índices desde o final do século XIX.
- A nova onda de calor se estende por uma área de 8.000 quilômetros, desde a costa oeste dos Estados Unidos até o Japão.
- Especialistas indicam que fatores como temperaturas mais altas do ar e mudanças nos padrões de vento estão contribuindo para o fenômeno.
Cientistas estão alertando sobre a formação de uma nova onda de calor marinha no Pacífico, semelhante ao fenômeno conhecido como “Blob”, que causou a morte de quatro milhões de airos entre 2014 e 2016. A temperatura média da superfície do oceano atingiu 20,82 °C em agosto de 2023, um dos maiores índices registrados para o mês desde o final do século XIX.
O novo fenômeno se estende por uma área de 8.000 quilômetros, desde a costa oeste dos Estados Unidos até o Japão, superando a extensão do “Blob” anterior, que cobriu cerca de 1.600 quilômetros. Segundo o programa Copernicus, da União Europeia, essa elevação de temperatura é preocupante e pode ter impactos severos na vida marinha.
Causas e Consequências
Especialistas do Serviço Nacional de Parques dos EUA explicam que a onda de calor é desencadeada por uma combinação de fatores, incluindo temperaturas mais altas do ar, mudanças nos padrões de vento e a presença da massa de água quente conhecida como ENSO (El Niño-Oscilação Sul). O fenômeno de 2014 teve consequências devastadoras, afetando a cadeia alimentar e a reprodução de várias espécies.
Um ano após o início do “Blob”, a escassez de alimentos levou à morte de 62 mil aves em um único ano, refletindo um impacto significativo na biodiversidade local. As aves que sobreviveram enfrentaram dificuldades para se reproduzir, resultando em um colapso populacional.
Vigilância e Preocupações Futuras
Os cientistas continuam monitorando a situação, temendo que a nova onda de calor marinha possa repetir os efeitos catastróficos do passado. A situação exige atenção, pois a saúde dos ecossistemas marinhos e a sobrevivência de espécies vulneráveis estão em jogo. A comunidade científica alerta para a necessidade de ações que possam mitigar os impactos das mudanças climáticas e proteger a biodiversidade do Pacífico.