- O arquiteto chinês Kongjian Yu faleceu em um acidente aéreo no Pantanal de Mato Grosso do Sul na noite de terça-feira, 23.
- Ele estava a caminho da 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, onde seria um dos destaques do evento.
- Yu viajava com os cineastas brasileiros Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz e Rubens Crispim Jr. A aeronave caiu na Fazenda Barra Mansa, e as causas do acidente estão sendo investigadas.
- Kongjian Yu era conhecido por seu conceito de “cidades-esponja”, que visa a gestão sustentável da água nas áreas urbanas.
- Ele fundou o escritório Turenscape e projetou mais de mil projetos em 250 cidades ao redor do mundo, promovendo a integração entre natureza e infraestrutura.
O arquiteto chinês Kongjian Yu, conhecido por seu conceito de “cidades-esponja”, faleceu em um acidente aéreo no Pantanal de Mato Grosso do Sul na noite de terça-feira, 23. Ele estava a caminho da 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, onde seria um dos destaques do evento, que ocorre até 19 de outubro.
Yu viajava com os cineastas brasileiros Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz e Rubens Crispim Jr. A aeronave, pilotada por Marcelo Pereira de Barros, caiu na Fazenda Barra Mansa. As causas do acidente estão sendo investigadas. O arquiteto era uma referência global em urbanismo sustentável, defendendo a gestão da água nas cidades.
O conceito de “cidades-esponja” propõe que áreas urbanas absorvam água da chuva, reduzindo enchentes e criando reservas para períodos de seca. Yu acreditava que a permeabilidade do solo é essencial para mitigar os efeitos das inundações. Ele criticou a canalização de rios, como o Tietê, afirmando que isso agrava as enchentes.
Legado e Impacto
Yu fundou o escritório Turenscape e projetou mais de mil projetos em 250 cidades ao redor do mundo. Seu trabalho inclui a transformação de áreas urbanas em espaços que integram natureza e infraestrutura, como o Parque Florestal Benjakitti em Bangkok. Ele enfatizava a importância de manter áreas verdes e promover a renaturalização dos espaços urbanos.
Além de seu impacto prático, Yu era um defensor da mudança de mentalidade em relação à água nas cidades. Ele alertava que a escassez hídrica será um dos maiores desafios até 2050 e que a solução deve ser holística, não fragmentada. Seu legado continua a inspirar iniciativas que buscam uma convivência mais harmoniosa entre as cidades e a natureza.