- Duas tartarugas marinhas, uma da espécie tartaruga-cabeçuda e outra da espécie tartaruga-verde, foram encontradas mortas na Baía de Guanabara em um intervalo de 48 horas.
- O primeiro animal foi avistado na Praia da Coroa, em Mauá, no domingo (21), e o segundo nas águas do Parque Natural Barão de Mauá, na segunda-feira (22).
- Moradores e pescadores denunciaram a situação ao Linha Verde, canal para crimes ambientais, expressando preocupação com a morte de tartarugas na região.
- O Projeto Águas da Guanabara, coordenado por Elaine Cristina, já retirou 1,5 tonelada de lixo das águas e da orla nos últimos três anos, mas enfrenta dificuldades com o aumento de resíduos e redes de pesca abandonadas.
- O pesquisador Nathan Lagares afirmou que uma biópsia é necessária para determinar a causa das mortes, destacando que a situação requer estudos mais aprofundados.
Duas tartarugas marinhas de espécies diferentes foram encontradas mortas na Baía de Guanabara em um intervalo de 48 horas, gerando preocupação entre moradores e pescadores. No domingo (21), um dos animais foi avistado na Praia da Coroa, em Mauá, e na segunda-feira (22), outro foi encontrado nas águas do Parque Natural Barão de Mauá, uma área de preservação ambiental.
Os casos levaram a comunidade local a denunciar a situação ao Linha Verde, canal anônimo para crimes ambientais. Um pescador da região expressou sua indignação: “Já perdemos a conta de quantas tartarugas mortas encontramos nos últimos meses.” A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) ainda não se manifestou sobre as investigações.
Elaine Cristina, coordenadora do Projeto Águas da Guanabara, que realiza limpezas regulares na região, destacou o aumento de resíduos e redes de pesca abandonadas. O projeto já retirou 1,5 tonelada de lixo das águas e da orla nos últimos três anos. “Estamos enxugando gelo. A cada semana surgem novas ameaças,” afirmou Elaine, ressaltando a importância das tartarugas para o equilíbrio dos ecossistemas costeiros.
O pesquisador Nathan Lagares, do Instituto Mar Urbano, identificou as tartarugas como uma tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta) e uma tartaruga-verde (Chelonia mydas). Para determinar a causa das mortes, seria necessária uma biópsia. Lagares observou que, embora não seja raro encontrar tartarugas mortas na baía, a situação exige estudos mais aprofundados.
O biólogo Douglas Nemes acrescentou que a tartaruga-cabeçuda é carnívora e se reproduz na região, enquanto a tartaruga-verde, quando adulta, é herbívora. Ambas as espécies são frequentemente vistas em áreas com costões rochosos saudáveis, como Flamengo e Praia do Leme.