- Um estudo do Instituto Potsdam para Pesquisa sobre o Impacto Climático (PIK) revelou que o planeta ultrapassou sete dos nove limites planetários.
- A acidificação dos oceanos foi oficialmente considerada ultrapassada, afetando a vida marinha e comprometendo organismos como corais e moluscos.
- Desde a era industrial, o pH das águas do mar caiu entre 30% e 40%.
- Outros limites críticos, como mudanças no uso da terra, ciclo do nitrogênio e fósforo, uso de água doce e poluição química, também foram transgredidos.
- O diretor do PIK, Johan Rockström, destacou a necessidade urgente de ações globais para mitigar os impactos ambientais e proteger a saúde do planeta.
O planeta ultrapassou sete dos nove limites planetários, segundo um novo estudo do Instituto Potsdam para Pesquisa sobre o Impacto Climático (PIK), divulgado em setembro de 2025. A pesquisa revela que a acidificação dos oceanos agora se junta a outros processos críticos, como mudanças climáticas e perda de biodiversidade, que já haviam sido transgredidos.
Desde 2009, os limites planetários foram estabelecidos para monitorar a saúde da Terra, focando em fatores como clima, biodiversidade e uso de água. Em 2024, seis limites estavam em situação crítica, mas a acidificação dos oceanos, que estava “no limite”, agora foi oficialmente considerada ultrapassada. O pH das águas do mar caiu entre 30% e 40% desde a era industrial, comprometendo a vida marinha, especialmente organismos como corais e moluscos.
Impactos Ambientais
Os pesquisadores identificaram que os limites relacionados a mudanças no uso da terra, ciclo do nitrogênio e fósforo, uso de água doce e poluição química também foram ultrapassados. A degradação dos habitats naturais e a exploração excessiva dos recursos estão levando a um aumento na extinção de espécies e à degradação dos ecossistemas. Levke Caesar, co-líder do laboratório de limites planetários do PIK, destaca que a acidificação e a redução dos níveis de oxigênio nos oceanos são sinais alarmantes que exigem ação imediata.
A pesquisa aponta que, se não forem tomadas medidas para controlar o aumento da temperatura global, eventos climáticos extremos e o colapso de ecossistemas se tornarão mais frequentes. O estudo enfatiza a necessidade urgente de ações globais para mitigar os impactos ambientais e proteger a saúde do planeta.
Urgência de Ações
Os dados alarmantes reforçam a importância de uma resposta coordenada para enfrentar a crise climática. O diretor do PIK, Johan Rockström, afirma que a humanidade está ultrapassando os limites de um espaço operacional seguro. No entanto, ele também ressalta que é possível reverter a situação, citando exemplos de sucesso na recuperação da camada de ozônio.
A acidificação dos oceanos e a degradação ambiental são questões críticas que afetam não apenas a vida marinha, mas também a segurança alimentar e a estabilidade climática global. A pesquisa do PIK serve como um alerta para a necessidade de ações imediatas e eficazes para garantir um futuro sustentável.