- Um juiz em Nova York autorizou o uso de sequenciamento genômico como evidência no caso dos assassinatos de Gilgo Beach.
- Essa técnica permite a análise de amostras de DNA degradadas, que antes eram consideradas inutilizáveis.
- O arquiteto Rex Heuermann foi acusado de sete homicídios entre 2023 e 2024, com base em amostras de DNA encontradas nas vítimas.
- A empresa Astrea Forensics analisou fios de cabelo das vítimas, que não continham material genético suficiente para métodos tradicionais.
- A defesa de Heuermann questionou a validade das técnicas utilizadas, mas a aceitação do sequenciamento genômico pode impactar investigações de homicídios não resolvidos nos Estados Unidos.
Os assassinatos de Gilgo Beach, que ocorreram entre 1993 e 2011, ganharam novos desdobramentos com a autorização de um juiz em Nova York para o uso de sequenciamento genômico como evidência no caso. O arquiteto Rex Heuermann foi acusado de sete homicídios em 2023 e 2024, com base em amostras de DNA encontradas nas vítimas.
A decisão judicial, proferida em 23 de setembro, permite a utilização de uma técnica avançada de análise de DNA, conhecida como sequenciamento do genoma completo. Essa tecnologia é capaz de analisar amostras de DNA degradadas, que antes eram consideradas inutilizáveis. Nathan Lents, biólogo do John Jay College of Criminal Justice, destacou que essa inovação pode reabrir investigações de casos antigos, permitindo comparações com evidências antes descartadas.
No caso de Gilgo Beach, a empresa Astrea Forensics foi contratada para analisar os fios de cabelo encontrados nas vítimas. Esses fios, por serem sem raiz, não continham material genético suficiente para métodos tradicionais de análise. No entanto, a Astrea conseguiu sequenciar o DNA e utilizar software de análise estatística para identificar variações genéticas, possibilitando a comparação com perfis de genealogia.
A defesa de Heuermann questionou a validade dos métodos utilizados pela Astrea, argumentando que as técnicas de análise estatística eram inovadoras e careciam de validação adequada. Apesar disso, a aceitação do sequenciamento genômico como evidência pode revolucionar a forma como casos de homicídios não resolvidos são investigados nos Estados Unidos.