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Vida marinha retorna à Baía de Guanabara com mergulho nas praias do Flamengo e Botafogo

Praia do Flamengo atinge 100% de balneabilidade em 2025, com a recuperação de espécies marinhas e melhorias no tratamento de esgoto na região.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Cavalo marinho encontrado na Praia de Botafogo (Foto: Reprodução)
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  • A Praia do Flamengo alcançou 100% de balneabilidade, com a recuperação ambiental trazendo de volta espécies marinhas como o cavalo-marinho.
  • Em 2021, a praia era própria para banho apenas em 9% dos dias nos meses de junho, julho e agosto.
  • A Praia da Glória registrou mais de 92% de balneabilidade nos últimos quatro meses, enquanto a Praia de Botafogo teve água própria para banho em 50% dos dias.
  • A operação do Interceptor Oceânico, que ficou 52 anos sem manutenção, foi retomada, resultando na remoção de 3 mil toneladas de lixo.
  • A concessionária Águas do Rio planeja universalizar o tratamento de esgoto até 2033, com investimentos de R$ 19 bilhões.

As praias do Flamengo e de Botafogo, antes marcadas pela poluição, agora apresentam uma transformação significativa. A recuperação ambiental resultou em 100% de balneabilidade na Praia do Flamengo, com a volta de diversas espécies marinhas, como o cavalo-marinho, que é um indicador da qualidade da água. Frequentadores já apelidaram a região de “Caribrejo”, em referência ao Caribe, destacando a mudança positiva.

Dados do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) mostram que, em 2021, a Praia do Flamengo era própria para banho apenas em 9% dos dias nos meses de junho, julho e agosto. Em contraste, em 2025, essa taxa subiu para 100%. Marcelo Gomes, aposentado e frequentador da praia há quase setenta anos, relata: “Era horrível. Peguei hepatite aqui. Agora está show de bola”.

Desafios Persistentes

Apesar das melhorias, a Baía de Guanabara ainda enfrenta desafios. A presença de lixo, esgoto e barcos abandonados continua a ameaçar a vida marinha. O repórter Chico Regueira, em mergulho na baía, registrou a presença de cardumes de baiacus, siris e ouriços, além do cavalo-marinho, que indica águas mais limpas. Adriana Bocaiuva, vice-presidente do Comitê da Baía de Guanabara, afirma que a presença do cavalo-marinho é um sinal positivo.

A recuperação também enfrenta a competição de espécies invasoras, como o mexilhão-verde do Indo-Pacífico, que estão sendo estudadas para avaliar seu impacto na fauna local. Por outro lado, os ouriços e peixes-anteninha, que habitam as rochas, contribuem para a biodiversidade da região.

Avanços no Tratamento de Esgoto

Nos últimos quatro meses, a Praia da Glória apresentou mais de 92% de balneabilidade, enquanto a Praia de Botafogo, que ainda recebe esgoto em dias de chuva, teve água própria para banho em 50% dos dias. Essa melhoria está diretamente ligada à retomada da operação do Interceptor Oceânico, que coleta esgoto e drenagem pluvial. O sistema, que ficou 52 anos sem manutenção, foi limpo, resultando na remoção de 3 mil toneladas de lixo.

A concessionária Águas do Rio planeja universalizar o tratamento de esgoto até 2033, com investimentos de R$ 19 bilhões. Bruno Mendonça, gerente de operações, destaca que a meta é garantir que toda a Baía de Guanabara seja balneável até essa data. Enquanto isso, as águas cristalinas e a vida marinha renovada oferecem esperança de que a recuperação ambiental é possível.

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