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Kubuqi se transforma em centro de energia solar durante a transição energética da China

China instala mais de 100 km² de painéis solares no deserto de Kubuqi, mas enfrenta desafios climáticos e continua dependente do carvão.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Governo dos EUA revisa dados do PIB do 2º trimestre, elevando crescimento de 3% para 3,8% (Foto: Reprodução)
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  • A China ampliou a energia solar em desertos, transformando a paisagem árida com centenas de milhares de painéis solares.
  • O presidente da República Popular da China, Xi Jinping, anunciou um compromisso de reduzir as emissões globais entre 7% e 10% até 2035, em relação ao pico previsto para 2025.
  • A instalação de mais de 100 quilômetros quadrados de painéis solares no deserto de Kubuqi, na Mongólia Interior, deve triplicar a capacidade elétrica até 2030, superando a produção da França.
  • A expansão enfrenta desafios como tempestades de areia e altas temperaturas, que afetam a eficiência dos painéis. Tecnologias como ventiladores automáticos e painéis de dupla face estão sendo utilizadas.
  • Apesar do avanço, a dependência do carvão persiste, com novas capacidades de produção de eletricidade a partir desse combustível sendo lançadas em 2025.

Em um deserto no norte da China, centenas de milhares de painéis solares estão transformando a paisagem árida em um símbolo da transição energética do país. O presidente Xi Jinping anunciou, em uma cúpula da ONU, um compromisso de reduzir as emissões globais entre 7% e 10% até 2035, em relação ao pico previsto para 2025. Essa mudança é crucial, já que a China é o maior emissor de gases de efeito estufa do mundo.

A instalação de mais de 100 km² de painéis solares no deserto de Kubuqi, na Mongólia Interior, exemplifica essa transformação. A capacidade elétrica gerada por esses projetos deve triplicar até 2030, superando a produção de um país como a França. No entanto, a expansão enfrenta desafios, como tempestades de areia e altas temperaturas que afetam a eficiência dos painéis. Para contornar esses problemas, a tecnologia utilizada inclui ventiladores automáticos e painéis de dupla face que captam a luz refletida na areia.

Desafios e Oportunidades

Apesar do avanço na energia solar, a dependência do carvão ainda é uma realidade. Novas capacidades de produção de eletricidade a partir de carvão foram lançadas em 2025, o que levanta preocupações sobre a continuidade do uso desse combustível. A distância entre os desertos e os centros de consumo, como Pequim e Tianjin, também representa um obstáculo, com o risco de congestionamento nas linhas de transmissão.

Além disso, o aumento do turismo na região, impulsionado por vídeos virais, traz novas oportunidades econômicas. Chang Yongfei, ex-trabalhador do setor de carvão, agora se dedica ao turismo, oferecendo chalés com vistas para os painéis solares. Ele observa que essa transição energética tem sido benéfica, mas expressa preocupação com o impacto ambiental e a possibilidade de que a expansão dos campos solares prejudique a região.

Impactos Climáticos

Pesquisadores alertam para os possíveis efeitos climáticos da instalação de grandes campos solares. A absorção de calor por superfícies escuras pode alterar os fluxos atmosféricos e reduzir as chuvas em outras áreas. Zhengyao Lu, da Universidade de Lund, sugere um desenvolvimento mais inteligente e organizado, enfatizando que os riscos da energia solar ainda são menores do que os associados à manutenção das emissões de gases de efeito estufa.

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