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Redações devem se inspirar no jornalismo ambiental de Bill McKibben

Apenas 37% dos americanos estão cientes do aquecimento global nas notícias, evidenciando a necessidade de uma cobertura mais eficaz.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Bill McKibben em Nova York, em setembro de 2024 (Foto: Reprodução)
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  • Bill McKibben, autor de The End of Nature, recebeu o primeiro Prêmio a la Trayectoria Profesional da Covering Climate Now.
  • O prêmio reconhece sua contribuição ao jornalismo ambiental e seu alerta sobre os perigos do aquecimento global desde 1989.
  • Apenas 37% da população dos Estados Unidos está ciente do aquecimento global nas notícias, enquanto na Índia esse número é de 53%.
  • A cobertura da crise climática é considerada insuficiente, em parte devido à desinformação da indústria de combustíveis fósseis e à redução do número de jornalistas.
  • A urgência da crise climática exige uma cobertura mais incisiva, especialmente com a cúpula climática COP30 se aproximando.

Reconhecimento a Bill McKibben

Bill McKibben, autor de The End of Nature, recebeu o primeiro Prêmio a la Trayectoria Profesional da Covering Climate Now, destacando sua contribuição ao jornalismo ambiental. Desde a publicação de seu livro em 1989, McKibben tem alertado sobre os perigos do aquecimento global, enfatizando que as mudanças climáticas já estão afetando a vida na Terra.

Apesar de sua influência, a cobertura da crise climática na mídia permanece insuficiente. Nos Estados Unidos, apenas 37% da população afirma ter ouvido falar sobre o aquecimento global nas notícias, enquanto na Índia esse número é de 53%. A falta de atenção se deve, em parte, a um modelo de negócios em declínio que reduziu o número de jornalistas e aumentou a carga de trabalho.

Desafios da Cobertura Climática

Os jornalistas enfrentam dificuldades em abordar a crise climática, muitas vezes sendo acusados de ativismo ao reportar sobre o tema. McKibben, que também fundou o grupo ecologista 350.org, é visto por alguns como um comunicador partidista. No entanto, sua abordagem tem sido fundamental para moldar a narrativa sobre o clima, mostrando a importância de contar histórias que ressoem com o público.

A desinformação orquestrada pela indústria de combustíveis fósseis também contribuiu para a cobertura deficiente. Durante as décadas de 1990 e 2000, a mídia falhou em abordar a questão climática com a seriedade necessária, muitas vezes tratando negacionistas com a mesma credibilidade que cientistas respeitados. McKibben argumenta que a física não admite concessões e que a urgência da crise climática exige uma cobertura mais incisiva.

O Papel do Jornalismo

O reconhecimento a McKibben pela Covering Climate Now visa não apenas celebrar sua trajetória, mas também incentivar uma reflexão sobre o papel do ativismo no jornalismo. Em um momento em que as liberdades democráticas estão ameaçadas, a defesa de causas pode ser vista como uma extensão do compromisso jornalístico com a verdade.

A crise climática exige uma abordagem que vá além da mera cobertura política. A física do clima impõe limites que não podem ser ignorados. Com a cúpula climática COP30 se aproximando, a necessidade de uma cobertura robusta e informativa se torna ainda mais premente. O trabalho de McKibben serve como um exemplo a ser seguido por jornalistas em todo o mundo, lembrando que contar a verdade é um dos pilares fundamentais do jornalismo.

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