- O Tribunal Superior de Justiça de Londres condenou a BHP pelo rompimento da Barragem de Fundão, ocorrido em 2015 em Mariana, Minas Gerais, que resultou em dezenove mortes e na contaminação de rios; a BHP era acionista da Samarco.
- A decisão aponta que o colapso era previsível, por imprudência na elevação da estrutura diante de sinais de instabilidade, e que a BHP ignorou evidências de risco.
- A BHP afirmou que irá recorrer da decisão e reforçou o compromisso de reparação no Brasil, onde já foram pagos cerca de R$ setenta bilhões em indenizações.
- Nova audiência está marcada para o primeiro semestre de 2027 para definir o valor da multa; a terceira fase do processo, sobre indenizações individualizadas, está prevista para 2028; mais de 610 mil pessoas já receberam compensações, incluindo 240 mil autores da ação no Reino Unido, com a corte validando os acordos.
- O rompimento completou dez anos em cinco de outubro de 2025; a BHP diz que as medidas no Brasil são as mais eficazes para reparar os danos causados pelo desastre.
A mineradora BHP foi condenada pelo Tribunal Superior de Justiça de Londres pelo rompimento da Barragem de Fundão, ocorrido em 2015 em Mariana, Minas Gerais. O desastre, que causou a morte de 19 pessoas e a contaminação de rios, levou a BHP a ser acionista da Samarco, responsável pelo incidente. Embora a indenização ainda não tenha sido definida, a decisão judicial destaca que o colapso da barragem era previsível, citando imprudência na elevação da estrutura diante de sinais claros de instabilidade.
A corte britânica apontou que a BHP ignorou evidências de risco, como infiltrações e fissuras na barragem. O tribunal afirmou que a continuidade da elevação da estrutura, sem uma análise adequada da estabilidade, foi uma decisão inconcebível. Em resposta, a BHP anunciou que pretende recorrer da decisão, reafirmando seu compromisso com a reparação no Brasil, onde já foram pagos cerca de R$ 70 bilhões em indenizações.
Próximos Passos no Processo
Uma nova audiência está agendada para o primeiro semestre de 2027, que deve definir o valor da multa a ser paga pela BHP. Além disso, uma terceira fase do processo, que abordará as indenizações individualizadas, está prevista para 2028. A BHP informou que mais de 610 mil pessoas já receberam compensações, incluindo 240 mil autores da ação no Reino Unido, com a corte confirmando a validade dos acordos firmados.
O rompimento da barragem completou dez anos em 5 de outubro de 2025, marcando uma tragédia que ainda ressoa na comunidade local e no meio ambiente. A BHP continua a afirmar que as medidas implementadas no Brasil são as mais eficazes para reparar os danos causados pelo desastre.