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5 curiosidades sobre o presídio de Tremembé – a prisão das estrelas

Os bastidores da penitenciária revelam de clube de leitura à fuga improvável

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Crédito: Creative Commons
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  • A série de true crime Tremembé, disponível no Prime Video, destaca histórias de detentos e ex-detentos do Complexo Penitenciário de Tremembé, conhecidos pelos crimes cometidos.
  • O livro Tremembé – o presídio dos famosos, do jornalista Ullisses Campbell, revela curiosidades sobre o local.
  • A “Cela dos Espíritos”, liderada pela médium Luiza Motta, ajudava mulheres condenadas a pedirem perdão às vítimas. Suzane von Richthofen teria recebido uma carta psicografada da mãe.
  • Em 2007, a estelionatária Dominique Cristina Scharf escapou da prisão escalando uma muralha de seis metros usando maracujazeiros, mas se feriu ao saltar.
  • O concurso “Miss Primavera”, promovido pela Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo, elege a “criminosa mais bonita do sistema penal”, com categorias como Simpatia e Mister Tremembé.
  • Detentos criaram uma passagem secreta para traficar crack durante o regime semiaberto, comprando a droga por R$ 10 e revendendo por R$ 50.
  • O “Café Literário”, idealizado por Gil Rugai, promove a leitura e o debate entre presos, discutindo obras clássicas.

A série de true crime Tremembé, do Prime Video, lançada nos últimos dias, trouxe novamente à tona as histórias de detentos e ex-detentos do Complexo Penitenciário de Tremembé, que ficaram famosos pela barbaridade dos crimes que cometeram.

Mas, para além da rotina dos midiáticos – como Suzane Von Richthofen, Elize Matsunaga, Anna Carolina Jatobá, Alexandre Nardoni – a “prisão das estrelas’ tem outras curiosidades que também seriam dignas de uma série.

Veja algumas histórias que integram o livro Tremembé – o presídio dos famosos (Matrix Editora), do jornalista e escritor best-seller de true crime Ullisses Campbell:

1. Cela dos Espíritos

Tendo como “médium-chefe” Luiza Motta, sentenciada por atropelar e matar um homem enquanto dirigia embriagada, o espaço que ficou conhecido como “Cela dos Espíritos” ajudava mulheres condenadas por assassinato a pedirem perdão para suas vítimas. Suzane von Richthofen, por exemplo, supostamente recebeu uma carta psicografada da mãe, expressando perdão e amor incondicional.

2. Fuga pela escada de maracujá

Uma das fugas mais inusitadas de Tremembé foi protagonizada pela estelionatária Dominique Cristina Scharf, conhecida como a “Dama do Cárcere”, em 2007. Ela escapou de uma das unidades do complexo, escalando a muralha de seis metros de altura utilizando uma plantação de maracujazeiros que crescia e se agarrava aos caibros. Após alcançar o topo e saltar para o outro lado, Dominique quebrou uma perna e um braço, mas ainda assim conseguiu sua liberdade temporária.

3. Concurso de beleza

Anualmente, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) de São Paulo promove o concurso “Miss Primavera” para eleger a “criminosa mais bonita do sistema penal”, apelidado jocosamente de “Miss Xilindró”. O concurso premiava ainda as categorias: Simpatia, Plus Size, Garota Revelação e Mister Tremembé (título destinado a homens transsexuais custodiados em penitenciárias femininas e às mulheres que se identificavam como lésbicas e apresentavam expressão de gênero masculino). Sandra Ruiz, conhecida como Sandrão, a sequestradora que namorou Elize Matsunaga e Suzane von Richthofen na unidade, venceu o Mister em 2014.

4. Tráfico de crack

Durante o regime semiaberto, alguns detentos “empreendedores” criaram uma passagem secreta no forro de um galpão para traficar crack. Eles compravam as pedras fora da prisão por R$ 10 e as revendiam por R$ 50 lá dentro. A droga era fumada à noite, e os usuários, em delírio, vagavam como zumbis. O tráfico foi descoberto após a denúncia de um dependente que não conseguiu comprar fiado.

5. Café literário

Criado por Gil Rugai, condenado por homicídio duplamente qualificado e estelionato, o “Café Literário” foi criado para reunir presos de dois pavilhões e estimular a leitura, a escrita e o debate. No projeto, que foi elogiado pelo poder de ressocialização, os detentos já discutiram obras como A Divina Comédia, de Dante Alighieri, Crime e Castigo, de Fiódor Dostoiévski, Saber viver, de Cora Caroline, entre outros clássicos.

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