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Aumento de doenças neurológicas exige atenção a fatores de risco modificáveis

Estudo revela que até 80% dos casos de demência, AVC e depressão do idoso são influenciados por fatores modificáveis, oferecendo novas perspectivas para prevenção.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
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Um novo estudo revelou 17 fatores que podem aumentar ou diminuir o risco de demência, AVC e depressão em idosos. A pesquisa, publicada no Journal of Neurology, Neurosurgery, and Psychiatry, analisou 59 estudos e descobriu que até 80% dos casos dessas doenças estão ligados a hábitos que podem ser mudados. Os pesquisadores, do Mass General Brigham, nos Estados Unidos, destacaram que hipertensão e doença renal são os principais fatores de risco, enquanto exercícios físicos e atividades que estimulam a mente ajudam a reduzir esses riscos. Especialistas brasileiros elogiaram a pesquisa, que mostra que essas doenças têm causas comuns relacionadas à saúde dos vasos sanguíneos do cérebro. Apesar dos resultados encorajadores, os pesquisadores pedem mais estudos para entender melhor como incentivar mudanças de comportamento e a importância da colaboração entre autoridades de saúde e a população para promover hábitos saudáveis.

Estudo aponta 17 fatores de risco e proteção para demências, AVC e depressão

Distúrbios neurológicos são a principal causa de incapacidade no mundo, com aumento previsto na prevalência de demências, AVC e depressão de início tardio. Uma nova pesquisa identificou 17 fatores associados a essas doenças, revelando que até 80% dos casos podem ser influenciados por hábitos modificáveis.

O estudo, publicado no *Journal of Neurology, Neurosurgery, and Psychiatry*, analisou 59 publicações para identificar os fatores de risco e proteção. Pesquisadores do Mass General Brigham (MGM), nos Estados Unidos, destacam que, embora a genética seja importante, até 80% dos casos de AVC, 45% de demência e 35% de depressão em idosos estão ligados a fatores que podem ser alterados.

Hipertensão e doença renal foram identificados como os fatores de risco com maior impacto. Já exercícios físicos e atividade cognitiva se mostraram associados à redução do risco de desenvolver as doenças. A pesquisa ressalta a importância de melhorar os comportamentos relacionados à saúde, independentemente do risco genético.

Especialistas brasileiras elogiaram a pesquisa. A geriatra Claudia Kimie Suemoto, da Universidade de São Paulo (FMUSP), afirmou que o estudo é “um trabalho gigantesco”. A neurologista Gisele Sampaio, do Hospital Israelita Albert Einstein, destacou que a pesquisa “tira essas doenças das caixinhas”, mostrando fatores de risco comuns.

Os pesquisadores observaram que as três doenças compartilham uma fisiopatologia comum, relacionada a problemas nos vasos sanguíneos do cérebro. A redução do fluxo de oxigênio pode levar a isquemias e, consequentemente, a demência, AVC e depressão. A abordagem conjunta desses fatores de risco pode ser uma estratégia eficaz para enfrentar o aumento desses quadros na população.

Apesar dos resultados promissores, os pesquisadores ressaltam a necessidade de mais estudos para confirmar as relações identificadas e entender melhor o que motiva as pessoas a mudarem seus comportamentos. A colaboração entre autoridades de saúde pública e a população é fundamental para promover hábitos saudáveis e prevenir essas doenças.

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