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Paracetamol na gestação aumenta risco de autismo e TDAH em crianças, aponta estudo

Estudo revela que paracetamol durante a gestação aumenta riscos de autismo e TDAH, exigindo cautela e revisão de diretrizes médicas

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Gravidez (Foto: Freepik)
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  • Pesquisadores confirmaram que o uso de paracetamol por gestantes aumenta os riscos de autismo e transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH).
  • O estudo, realizado por cientistas do Hospital Mount Sinai e universidades dos Estados Unidos, analisou 46 pesquisas com mais de 100 mil participantes.
  • Dentre os estudos revisados, 27 encontraram uma relação positiva entre o uso do medicamento e riscos de neurodesenvolvimento.
  • Um estudo acompanhou gestantes e seus filhos por até dez anos, revelando que o risco de TDAH era 3,15 vezes maior entre crianças cujas mães usaram paracetamol.
  • Os pesquisadores sugerem que o medicamento pode atravessar a barreira placentária, causando estresse oxidativo e alterações hormonais que afetam o desenvolvimento cerebral fetal.

O uso de paracetamol por gestantes está associado a um aumento significativo nos riscos de autismo e transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), segundo uma nova pesquisa. O estudo, realizado por cientistas do Hospital Mount Sinai e de universidades renomadas dos EUA, analisou 46 investigações anteriores, envolvendo mais de 100 mil participantes.

Os resultados, publicados na revista BMC Environmental Health, revelaram que 27 dos 46 estudos revisados encontraram uma relação positiva entre o uso do medicamento e o aumento dos riscos de neurodesenvolvimento. O professor Diddier Prada, da Escola de Medicina Icahn do Mount Sinai, destacou que estudos de maior qualidade mostraram uma ligação mais clara entre a exposição pré-natal ao paracetamol e o desenvolvimento de autismo e TDAH.

Um estudo recente acompanhou 307 gestantes e seus filhos por até 10 anos, revelando que o risco de TDAH era 3,15 vezes maior entre aqueles cujas mães usaram paracetamol durante a gravidez. Outro trabalho, de 2019, indicou que recém-nascidos com maior exposição ao medicamento tinham 3,62 vezes mais chances de serem diagnosticados com autismo.

Mecanismos Biológicos

Os pesquisadores sugerem que o paracetamol pode atravessar a barreira placentária, provocando estresse oxidativo e alterações hormonais que afetam o desenvolvimento cerebral fetal. Prada enfatizou a necessidade de medidas imediatas para aconselhar gestantes a limitar o uso do analgésico, considerando o impacto potencial na saúde pública.

Os autores do estudo pedem que as diretrizes clínicas sejam atualizadas para incluir os riscos associados ao paracetamol e que mais pesquisas sejam realizadas para encontrar alternativas seguras para o tratamento de dor e febre em gestantes. Enquanto isso, o uso do medicamento deve ser feito com cautela e sempre sob supervisão médica, já que a dor ou febre não tratadas também podem prejudicar o bebê.

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