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Genes herdados podem ter efeitos opostos conforme a origem parental

Estudo revela que variantes genéticas podem ter efeitos opostos conforme a origem parental, impactando doenças comuns e características de saúde

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
(Foto: Olena Domanytska/Getty Images)
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  • Um estudo publicado na revista *Nature* identificou mais de 30 variantes genéticas com efeitos diferentes dependendo da origem parental.
  • A pesquisa, liderada por Zoltán Kutalik da Universidade de Lausanne, analisou dados de quase 109 mil pessoas do UK Biobank.
  • Em dezenove casos, o impacto de uma variante genética variou conforme a herança do pai ou da mãe. Por exemplo, uma variante aumentava o risco de diabetes tipo 2 em quatorze por cento quando herdada do pai, mas reduzia o risco em nove por cento se proveniente da mãe.
  • A pesquisa também revelou que quase metade das variantes estava no cromossomo 11, relacionado ao controle do crescimento.
  • Para identificar a origem parental das variantes, a equipe desenvolveu um método estatístico que utiliza dados de parentes próximos, aumentando a confiabilidade dos resultados.

Um estudo recente publicado na *Nature* revelou mais de 30 variantes genéticas com efeitos distintos dependendo da origem parental, desafiando a visão tradicional da herança genética. A pesquisa, liderada por Zoltán Kutalik da Universidade de Lausanne, analisou dados de quase 109 mil pessoas do UK Biobank.

Os pesquisadores descobriram que, em 19 casos, o impacto de uma variante genética pode ser oposto, dependendo se ela foi herdada do pai ou da mãe. Por exemplo, uma variante aumentava o risco de diabetes tipo 2 em 14% quando proveniente do pai, mas reduzia o risco em 9% se herdada da mãe. Esse fenômeno é conhecido como “efeito de origem parental”.

Mecanismos de Herança

Tradicionalmente, a herança genética é vista como a soma dos genes maternos e paternos. No entanto, em algumas regiões do DNA, apenas uma cópia do gene é expressa, dependendo de sua origem. Esse mecanismo, chamado de imprinting genômico, já está associado a doenças raras, como as síndromes de Prader-Willi e Angelman.

A pesquisa também identificou que quase metade das variantes estudadas estava no cromossomo 11, que contém genes relacionados ao controle do crescimento. O estudo sugere que a disputa genética entre os interesses dos pais pode influenciar características como crescimento e metabolismo.

Abordagem Inovadora

Para superar a dificuldade de identificar a origem parental de variantes, a equipe desenvolveu um método estatístico que utiliza dados de parentes próximos, como primos e tios. Essa técnica permitiu a identificação de variantes com efeito significativo de origem parental sem a necessidade do DNA dos pais.

Os resultados foram confirmados em análises adicionais com dados de biobancos da Estônia e do Estudo Norueguês de Mães, Pais e Filhos, aumentando a confiança nas descobertas. Michael Gabbett, geneticista da Universidade de Tecnologia de Queensland, destacou a importância da abordagem inovadora, que abre novas possibilidades para investigar a herança genética em doenças comuns.

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