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Falta de proteína na gestação pode afetar a saúde dos espermatozoides masculinos

Dieta hipoproteica na gestação compromete saúde reprodutiva de descendentes masculinos, afetando espermatozoides e fertilidade futura

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Achado destaca como a fome e a insegurança alimentar podem afetar gerações futuras (Foto: Freepik)
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  • Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) descobriram que uma dieta pobre em proteínas durante a gestação e lactação afeta a saúde reprodutiva da prole masculina.
  • O estudo, publicado na revista *Biology Open*, mostra que essa restrição compromete o epidídimo, que é responsável pela maturação e armazenamento dos espermatozoides.
  • Experimentos com ratas prenhes revelaram que a falta de proteína alterou a estrutura e a função do epidídimo, prejudicando a qualidade dos espermatozoides.
  • A pesquisa acompanhou os filhotes até a fase adulta, evidenciando que as alterações no epidídimo estavam ligadas à fertilidade dos descendentes.
  • A professora Raquel Fantin Domeniconi destacou a importância da nutrição materna e seus impactos duradouros na saúde reprodutiva.

Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) descobriram que uma dieta pobre em proteínas durante a gestação e lactação pode afetar a saúde reprodutiva da prole masculina. O estudo, publicado na revista *Biology Open*, revela que essa restrição alimentar compromete o epidídimo, órgão responsável pela maturação e armazenamento dos espermatozoides.

Os cientistas realizaram experimentos com ratas prenhes, dividindo-as em grupos que receberam dietas normais e hipoproteicas. Os resultados mostraram que a falta de proteína alterou a estrutura e a função do epidídimo, levando a prejuízos na qualidade dos espermatozoides. A pesquisa acompanhou os filhotes até a fase adulta, evidenciando que as alterações no epidídimo estavam ligadas à fertilidade dos descendentes.

Raquel Fantin Domeniconi, professora do Instituto de Biociências da Unesp, destaca que a pesquisa evidencia como a fome e a insegurança alimentar podem impactar gerações futuras. A relação entre nutrição materna e saúde dos filhos tem sido objeto de estudos nas últimas décadas, especialmente na área conhecida como “origens desenvolvimentistas da saúde e doença” (DOHaD).

Os pesquisadores observaram que a restrição proteica resultou em um atraso na diferenciação celular do epitélio epididimário dos filhotes, o que comprometeu a maturação dos espermatozoides. Além disso, a estrutura do epidídimo foi alterada, afetando a dinâmica dos fluidos e a formação de novos vasos sanguíneos.

Domeniconi ressalta que, embora as adaptações ocorram para garantir a maturação dos espermatozoides, a qualidade reprodutiva dos animais foi prejudicada. O estudo sugere que a nutrição durante a gestação e amamentação tem impactos duradouros no desenvolvimento do sistema genital, abrindo espaço para novas investigações sobre a influência da dieta na saúde reprodutiva.

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