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Fé e ciência se unem para ajudar na superação de traumas e recomeços

Terapia transforma circuitos cerebrais e integra aspectos espirituais, promovendo cura em vítimas de traumas na infância

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Conversar sobre traumas ainda é um desafio para muitos cristãos, mas abrir espaço para o diálogo pode ser um passo essencial de cura (Foto: Freepik)
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  • Traumas na infância impactam a saúde mental, afetando a regulação emocional e a capacidade de lidar com estresse.
  • A terapia pode reorganizar o cérebro, aumentando a atividade do córtex pré-frontal e reduzindo a hiperatividade da amígdala.
  • Dados da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostram que 8 a 10% dos indivíduos traumatizados apresentam redução do córtex pré-frontal e do hipocampo, prejudicando a concentração e a memória.
  • O psicólogo Julio Peres, da Universidade de São Paulo (USP), constatou que a terapia melhora a atividade cerebral em pessoas com estresse pós-traumático após oito sessões.
  • O terapeuta Valcelí Leite integra dimensões espirituais na terapia, criando um ambiente seguro para que os pacientes se expressem.

Traumas na infância afetam a saúde mental e podem ser tratados com terapia

Traumas na infância têm um impacto significativo na saúde mental, afetando a regulação emocional e a capacidade de lidar com estresse. Pesquisas recentes indicam que a terapia pode reorganizar o cérebro, aumentando a atividade do córtex pré-frontal e reduzindo a hiperatividade da amígdala, essencial para o processamento emocional.

Durante experiências traumáticas, ocorre uma intensa liberação de cortisol e adrenalina, que preparam o corpo para a luta ou fuga. Segundo a neurocientista Quézia Anders, essa resposta pode alterar circuitos emocionais, prejudicando a inteligência emocional. Dados da Unifesp mostram que 8 a 10% dos indivíduos traumatizados apresentam redução do córtex pré-frontal e do hipocampo, afetando a concentração e a memória.

Revisitar traumas pode gerar reações físicas intensas, como suor nas mãos e ansiedade. Em ambientes terapêuticos, é crucial que o paciente se sinta seguro para verbalizar suas experiências. A dissociação, um mecanismo de autoproteção, pode dificultar o acesso a memórias traumáticas, levando à evasão emocional por meio de distrações como jogos e trabalho excessivo.

O papel da terapia

A terapia adequada pode ser transformadora. O psicólogo Julio Peres, da USP, constatou que após oito sessões de terapia, indivíduos com estresse pós-traumático apresentaram aumento na atividade do córtex pré-frontal e redução da intensidade da amígdala. Isso confirma a importância da verbalização no processo de cura.

Além disso, o terapeuta cristão Valcelí Leite integra dimensões espirituais à terapia. Ele enfatiza a criação de um espaço seguro para que os pacientes possam se expressar no seu próprio tempo. Versículos bíblicos são utilizados para fundamentar a jornada terapêutica, promovendo um senso de liberdade e força.

Reconhecer o momento certo para abordar traumas é fundamental. Sinais como apatia e irritabilidade podem indicar que a resistência é necessária. Paciência e acolhimento são essenciais para que o paciente consiga verbalizar suas experiências sem medo, permitindo um processo de cura mais efetivo.

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