Em Alta NotíciasConflitoseconomiaFutebolrelações internacionais

Converse com o Telinha

Telinha
Oi! Posso responder perguntas apenas com base nesta matéria. O que você quer saber?
Entrar

Exercício intenso pode aumentar risco de câncer de cólon, aponta estudo com maratonistas

Corredores de maratona enfrentam risco elevado de câncer de cólon, com quase 50% apresentando pólipos em novo estudo sobre saúde intestinal

Telinha
Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Pequeno estudo preliminar descobriu que os maratonistas tinham muito mais probabilidade de apresentar crescimentos pré-cancerosos (Foto: Moriah Ratner/The New York Times)
0:00 0:00
  • Um estudo recente revelou que corredores de maratona e ultramaratona entre 35 e 50 anos apresentam altas taxas de pólipos e adenomas avançados, sugerindo um possível aumento do risco de câncer de cólon.
  • Historicamente, o câncer de cólon era raro em adultos jovens, com triagens iniciando aos 50 anos.
  • O oncologista Timothy Cannon, do Inova Schar Cancer, atendeu três pacientes ativos com câncer de cólon avançado, o mais velho com 40 anos.
  • Cannon recrutou cem corredores para colonoscopias, e quase cinquenta por cento apresentaram pólipos, enquanto quinze por cento tinham adenomas avançados, muito acima da taxa de 4,5% a 6% da população geral.
  • O aumento do câncer colorretal em adultos jovens levou a uma mudança nas recomendações de triagem, reduzindo a idade para a primeira colonoscopia de 50 para 45 anos.

Um estudo recente revelou que corredores de maratona e ultramaratona entre 35 e 50 anos apresentam taxas alarmantes de pólipos e adenomas avançados, sugerindo que o exercício extremo pode aumentar o risco de câncer de cólon. Historicamente, essa doença era considerada rara em adultos jovens, com triagens iniciando aos 50 anos.

O oncologista Timothy Cannon, do Inova Schar Cancer em Fairfax, Virgínia, ficou surpreso ao atender três pacientes ativos, todos com câncer de cólon avançado, sendo o mais velho deles de 40 anos. Para investigar essa correlação, Cannon recrutou 100 corredores para realizar colonoscopias. Os resultados foram preocupantes: quase 50% dos participantes tinham pólipos, e 15% apresentavam adenomas avançados, muito acima da taxa de 4,5% a 6% observada na população geral.

Laura Linville, uma corredora de maratona de 47 anos, participou do estudo e descobriu ter sete pólipos, alguns grandes o suficiente para exigir procedimentos adicionais. Ela expressou surpresa, já que a corrida é geralmente associada a benefícios à saúde. O aumento do câncer colorretal em adultos jovens levou a uma mudança nas recomendações de triagem, reduzindo a idade para a primeira colonoscopia de 50 para 45 anos.

Fatores de Risco e Sintomas

Embora a inatividade física e a obesidade sejam frequentemente citadas como fatores de risco, o estudo de Cannon destaca que corredores em forma também podem estar em risco. Especialistas, como David Rubin, da Universidade de Chicago, ressaltam que o estudo carece de um grupo de controle e que os históricos familiares de câncer entre os corredores não foram totalmente investigados.

Além disso, corredores podem ignorar sintomas como fezes com sangue ou diarreia, atribuindo-os a problemas gastrointestinais comuns. A inflamação crônica resultante do exercício intenso pode causar danos celulares, potencialmente levando ao câncer. Eric Christenson, da Johns Hopkins, recomenda que corredores que experimentam sintomas consultem um médico, enfatizando a importância de ouvir o corpo.

O estudo ainda não foi publicado em uma revista médica, mas já levanta questões importantes sobre a relação entre exercícios extremos e o câncer de cólon, pedindo mais pesquisas sobre o tema.

Comentários 0

Entre na conversa da comunidade
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela; a responsabilidade é do autor da mensagem. Conecte-se para comentar

Veja Mais