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Transmissões ao vivo expõem limites da autoagressão e humilhação dos espectadores

Investigação sobre a morte do streamer Raphaël Graven levanta questões sobre a segurança e regulamentação nas plataformas de streaming

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Raphael Graven, conhecido como 'Jean Pormanove', em uma foto de sua conta no Instagram. (Foto: Reprodução)
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  • A morte do streamer francês Raphaël Graven, conhecido como Jean Pormanove, durante uma transmissão ao vivo na plataforma Kick, gerou polêmica sobre a responsabilidade das plataformas de streaming.
  • O incidente ocorreu na última segunda-feira, com cerca de 10 mil espectadores assistindo, enquanto Graven se expunha a situações de humilhação e violência.
  • A promotoria de Nice abriu uma investigação para apurar as circunstâncias da morte, que não foi causada pelos golpes recebidos durante a transmissão, segundo a autópsia.
  • Especialistas criticam a falta de regulamentação nas plataformas, que pode levar criadores a comportamentos autodestrutivos em busca de visualizações e dinheiro.
  • A discussão sobre a proteção dos criadores de conteúdo e a necessidade de regulamentações mais rigorosas se intensifica após este incidente.

A morte do streamer francês Raphaël Graven, conhecido como Jean Pormanove, durante uma transmissão ao vivo na plataforma Kick gerou um intenso debate sobre a responsabilidade das plataformas de streaming e a proteção dos criadores de conteúdo. O incidente ocorreu na última segunda-feira, quando cerca de 10 mil pessoas assistiam à transmissão, onde Graven se expunha a situações de humilhação e violência.

A promotoria de Nice abriu uma investigação para apurar as circunstâncias da morte de Graven, que tinha 46 anos. Um exame de autópsia descartou que a causa da morte tenha sido os golpes recebidos durante a transmissão. Este caso se soma a outros incidentes, como o falecimento de uma streamer chinesa que morreu durante um desafio de mukbang, onde consumiu quantidades excessivas de comida.

Controvérsias nas Plataformas de Streaming

As plataformas de streaming, como a Kick, têm sido criticadas por permitir conteúdos extremos e potencialmente perigosos. Especialistas apontam que a falta de regulamentação rigorosa pode expor os criadores a situações de risco, levando a comportamentos autodestrutivos em busca de visualizações e dinheiro. Em Espanha, casos de streamers se humilhando em transmissões ao vivo também têm sido registrados, como o de Simón Pérez, que se tornou conhecido por suas ações bizarras em busca de audiência.

A legislação europeia, através do Digital Services Act (DSA), exige que plataformas notifiquem autoridades sobre conteúdos que possam incitar suicídio ou afetar menores. No entanto, a autolesão não é considerada crime, o que limita a intervenção legal em casos de auto-humilhação.

A Necessidade de Proteção

Especialistas em saúde mental, como o psiquiatra Enric Armengou, destacam que a busca por validação e a necessidade de gerar conteúdo para atrair audiência podem levar indivíduos a se exporem a riscos extremos. A combinação de fatores como vulnerabilidade financeira e a busca por reconhecimento nas redes sociais pode resultar em comportamentos autodestrutivos.

A discussão sobre a responsabilidade das plataformas e a proteção dos criadores de conteúdo continua em pauta, especialmente após a morte de Graven. A necessidade de regulamentações mais rigorosas e a proteção de indivíduos vulneráveis são temas que devem ser abordados com urgência, considerando o impacto que esses conteúdos podem ter na saúde mental e na segurança dos streamers.

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