Em Alta NotíciasConflitoseconomiaFutebolrelações internacionais

Converse com o Telinha

Telinha
Oi! Posso responder perguntas apenas com base nesta matéria. O que você quer saber?
Entrar

Riscos modificáveis podem causar quase 60% dos casos de demência no mundo

Estudo da USP aponta que quase 60% dos casos de demência no Brasil são evitáveis, destacando a urgência de políticas públicas eficazes

Telinha
Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Foto: Reprodução
0:00 0:00
  • Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) aponta que quase 60% dos casos de demência no Brasil estão ligados a fatores evitáveis.
  • As principais condições identificadas são baixa escolaridade, perda visual não tratada e depressão.
  • A pesquisa utilizou dados do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil) e destacou que a baixa escolaridade é responsável por 9,5% dos casos, seguida pela perda visual (9,2%) e depressão (6,3%).
  • A professora de Geriatria da USP, Cláudia Suemoto, enfatiza a importância da educação na infância para a formação de uma reserva cognitiva.
  • Os pesquisadores recomendam políticas públicas focadas em educação, cuidados oftalmológicos e saúde mental para prevenir a demência, especialmente em populações vulneráveis.

Fatores de risco modificáveis estão associados a quase 60% dos casos de demência no Brasil, segundo um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). As principais condições evitáveis identificadas são baixa escolaridade, perda visual não tratada e depressão.

Os pesquisadores destacam que esses fatores podem ser mitigados por meio de políticas públicas e intervenções de saúde. Isso contrasta com fatores não modificáveis, como o envelhecimento e a predisposição genética, que também influenciam a doença. O Relatório Nacional sobre a Demência, do Ministério da Saúde, estima que entre 12,5% e 17,5% da população idosa no Brasil apresenta alguma forma de demência, um número que tende a crescer com o aumento da população nessa faixa etária.

Impacto dos Fatores de Risco

A pesquisa, que utilizou dados do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), revelou que a baixa escolaridade é responsável por 9,5% dos casos, seguida pela perda visual com 9,2% e pela depressão com 6,3%. Outros fatores de risco incluem isolamento social, poluição do ar, hipertensão, diabetes e obesidade.

A professora de Geriatria da USP, Cláudia Suemoto, explica que a educação na infância é crucial para a formação de uma reserva cognitiva, que ajuda o cérebro a lidar com danos futuros. A perda visual e a depressão também afetam a capacidade cognitiva, pois reduzem a estimulação cerebral necessária para a memória.

Necessidade de Políticas Públicas

Os dados mostram que a contribuição de fatores como baixa escolaridade e perda visual é mais significativa em regiões mais pobres e entre a população negra. Isso evidencia como as desigualdades socioeconômicas impactam o risco de demência. A professora Suemoto ressalta que, embora o envelhecimento seja inevitável, a prevenção deve começar cedo e ser abordada em várias etapas da vida.

Os pesquisadores concluem que estratégias de saúde pública devem ser priorizadas, focando no acesso à educação, cuidados oftalmológicos e serviços de saúde mental. A prevenção da demência é essencial, especialmente em um país que enfrenta um rápido envelhecimento populacional.

Comentários 0

Entre na conversa da comunidade
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela; a responsabilidade é do autor da mensagem. Conecte-se para comentar

Veja Mais