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Dinheiro para famílias carentes reduz mortalidade infantil em 50%, aponta pesquisa

Programa social no Quênia reduz mortalidade infantil em 49% ao oferecer US$ 1.000 a mulheres grávidas sem exigências.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Foto: Reprodução
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  • A mortalidade infantil no Quênia é de 32 óbitos a cada mil nascimentos.
  • Um estudo recente mostrou que um programa social que ofereceu US$ 1.000 a mulheres grávidas sem exigências reduziu a mortalidade infantil em 49%.
  • A pesquisa foi realizada por pesquisadores da Universidade da Califórnia em Berkeley e da Universidade de Oxford e analisou dados de uma década.
  • O programa, implementado pela ONG GiveDirectly, começou em 2014 e envolveu transferências de dinheiro para famílias em 653 vilarejos.
  • As beneficiárias apresentaram melhores condições de saúde, maior taxa de partos em hospitais e redução de 45% na mortalidade até os cinco anos.

A mortalidade infantil no Quênia, que atinge 32 óbitos a cada mil nascimentos, é um desafio persistente em países em desenvolvimento. Tradicionalmente, estratégias como vacinação e assistência nutricional têm sido empregadas para enfrentar essa questão. No entanto, um novo estudo revela que uma abordagem inovadora pode ser ainda mais eficaz.

Pesquisadores da Universidade da Califórnia em Berkeley e da Universidade de Oxford descobriram que um programa social que ofereceu US$ 1.000 a mulheres grávidas sem exigências resultou em uma redução de 49% na mortalidade infantil. O estudo, publicado pelo National Bureau of Economic Research, analisou dados coletados ao longo de uma década e mostrou que a mortalidade até os cinco anos também caiu 45%.

Impacto das Transferências de Renda

O programa, implementado pela ONG GiveDirectly, começou em 2014 e envolveu transferências de dinheiro para famílias em 653 vilarejos. Ao contrário de iniciativas condicionadas, que exigem contrapartidas, este programa permitiu que as famílias decidissem como utilizar os recursos. Os resultados indicam que as mulheres grávidas que receberam o auxílio financeiro tiveram melhores condições de saúde, descansando mais e se alimentando adequadamente.

Além disso, as beneficiárias apresentaram uma maior taxa de partos em hospitais, o que é crucial para a saúde materna e infantil. A pesquisa revelou que a proporção de partos hospitalares aumentou, especialmente entre aquelas que residiam próximas a instituições de saúde. A transferência de renda, quando realizada perto da data do parto, teve um impacto ainda mais significativo.

Comparação com Outras Estratégias

Os resultados deste estudo são comparáveis, ou até superiores, a intervenções tradicionais, como a imunização e o tratamento contra a malária. A pesquisa destaca que mesmo pequenas quantias de dinheiro podem ter um impacto profundo na saúde infantil, especialmente em contextos de pobreza extrema. A abordagem de transferências incondicionais pode, portanto, representar uma nova estratégia promissora no combate à mortalidade infantil em países em desenvolvimento.

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