- O ESG Summit 2025, realizado em São Paulo e Belém, destacou a sustentabilidade como essencial para a sobrevivência das empresas.
- O evento abordou a situação crítica do saneamento no Brasil, com 90 milhões de brasileiros sem acesso a esse serviço.
- O vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, mencionou a falta de preparação da região para desastres naturais, como as enchentes que causaram quase 200 mortes.
- O Plano Rio Grande destina R$ 14 bilhões até 2027 para melhorar a drenagem e realocar cidades afetadas.
- Iniciativas de empresas, como a redução de internações por doenças crônicas pela Afya e o plantio de árvores pela Ypê, foram apresentadas como exemplos de compromisso com a saúde e o meio ambiente.
O ESG Summit 2025, realizado em São Paulo e Belém, evidenciou a sustentabilidade como uma questão crítica para a sobrevivência das empresas. Com 90 milhões de brasileiros sem acesso a saneamento, o evento destacou a necessidade urgente de ações corporativas em saúde pública e infraestrutura. O vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, enfatizou que a região não estava preparada para as tragédias recentes, como as enchentes que resultaram em quase 200 mortes.
O Plano Rio Grande, que destina 14 bilhões de reais até 2027, visa melhorar a drenagem e realocar cidades afetadas. O coordenador do Instituto Trata Brasil, André Machado, lembrou que a falta de saneamento impacta diretamente a saúde de milhões, distanciando o Brasil da meta de universalização de água e esgoto até 2033.
Iniciativas Corporativas
A saúde foi um tema central, especialmente no Pará, onde a EXAME, em parceria com a Afya, promoveu o primeiro ESG Summit Belém. A Afya, com suas 33 faculdades de medicina, reportou uma redução de 20% nas internações por doenças crônicas nas cidades atendidas. O vice-presidente médico da empresa, Gustavo Meirelles, destacou que cada real investido retorna 3,58 reais à comunidade.
A Ypê, fabricante de produtos de limpeza, apresentou sua iniciativa de plantio de 1,2 milhão de árvores em colaboração com a ONG SOS Mata Atlântica, além de monitorar 112 rios brasileiros. O presidente da Ypê, Waldir Beira Junior, ressaltou a importância de engajar toda a cadeia de fornecedores e funcionários em práticas sustentáveis.
Compromissos Sustentáveis
O movimento Empresas B também foi mencionado, com 340 companhias certificadas no Brasil que assumem compromissos legais com a sustentabilidade. A Natura, por exemplo, captou 1,3 bilhão de reais por meio de instrumentos sustentáveis, enquanto a Danone anunciou sua primeira planta sem resíduos, utilizando energia solar.
A especialista em sustentabilidade, Sonia Consiglio, resumiu a situação ao afirmar que sem ESG, não há futuro para as empresas. O ESG Summit 2025, portanto, não apenas discutiu, mas também apresentou soluções práticas e investimentos significativos, reafirmando a urgência da responsabilidade corporativa em um Brasil que enfrenta desafios críticos em saúde e saneamento.
