- Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade de São Paulo (USP) descobriram que a proteína CDNF (Fator Neurotrófico Dopamina Cerebral) protege e regenera neurônios periféricos.
- A CDNF ativa um receptor diferente do Fator de Crescimento Nervoso (NGF), que era a principal proteína associada à regeneração nervosa.
- O estudo, publicado no *Journal of Neurochemistry*, mostrou que a CDNF é eficaz fora do cérebro, promovendo a regeneração de células nervosas.
- A combinação de CDNF com NGF apresentou efeitos sinérgicos, potencializando a recuperação dos nervos.
- Essa descoberta pode beneficiar pacientes com lesões nos nervos periféricos e doenças neurodegenerativas, como Parkinson e Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA).
Milhões de pessoas enfrentam problemas no sistema nervoso periférico, resultando em dores e dificuldades motoras. Os tratamentos atuais focam em aliviar sintomas, mas não regeneram nervos danificados. Pesquisadores da UFRJ e USP descobriram que a proteína CDNF (Fator Neurotrófico Dopamina Cerebral) pode proteger e regenerar neurônios periféricos, ativando um receptor distinto do Fator de Crescimento Nervoso (NGF).
O estudo, publicado no *Journal of Neurochemistry*, revela que a CDNF, conhecida por sua atuação no sistema nervoso central, também é eficaz fora do cérebro. A pesquisa demonstrou que a CDNF não apenas protege, mas também promove a regeneração de células nervosas, utilizando gânglios da raiz dorsal como modelo. Essa descoberta é significativa, pois até então, o NGF era a principal proteína associada à regeneração nervosa, embora tenha limitações, como aumentar a sensibilidade à dor.
A combinação de CDNF com NGF apresentou efeitos sinérgicos, potencializando a recuperação dos nervos. Essa nova abordagem pode beneficiar pacientes com lesões nos nervos periféricos, doenças neurodegenerativas como Parkinson e ELA, e aqueles que não respondem bem ao tratamento convencional com NGF.
Os pesquisadores acreditam que a CDNF pode abrir novas possibilidades para terapias regenerativas, visando não apenas o alívio de sintomas, mas a restauração das funções nervosas. O estudo foi realizado no âmbito do Instituto Nacional de Biologia Estrutural e Bioimagem (INCT-INBEB) e recebeu apoio de instituições como CNPq e Fapesp.