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Ancestralidade e genética aumentam risco de câncer colorretal em indivíduos afetados

Estudo revela variantes genéticas que impactam o risco de câncer colorretal em brasileiros, destacando a ancestralidade como fator de proteção

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Cerca de 5% a 10% dos casos têm origem hereditária clara, enquanto 90% são esporádicos, relacionados a fatores ambientais e estilo de vida (Foto: Reprodução)
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  • Pesquisadores do Hospital de Amor e outras instituições identificaram variantes genéticas que influenciam o risco de câncer colorretal no Brasil.
  • O estudo, publicado na revista Global Oncology, analisou quase dois mil indivíduos, incluindo novecentos e noventa pacientes diagnosticados e mil e vinte e sete saudáveis.
  • Nove variantes genéticas mostraram associação significativa com a doença, com quatro mantendo relevância após ajustes para fatores clínicos e epidemiológicos.
  • Indivíduos com menor ancestralidade africana e asiática apresentaram maior risco de desenvolver câncer colorretal, sugerindo que componentes genéticos dessas populações podem oferecer proteção.
  • Os pesquisadores planejam expandir o estudo para mapear até três milhões de variações genéticas, visando criar um escore de risco específico para a população brasileira.

Pesquisadores brasileiros identificam variantes genéticas que influenciam o risco de câncer colorretal

Um estudo inédito realizado por pesquisadores do Hospital de Amor e outras instituições revelou novas informações sobre o câncer colorretal no Brasil. A pesquisa, publicada na revista *Global Oncology*, analisou a relação entre variantes genéticas e ancestralidade na população brasileira, que é altamente miscigenada. Estima-se que cerca de 46 mil brasileiros serão diagnosticados com a doença entre 2023 e 2025, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).

Os pesquisadores investigaram 45 polimorfismos genéticos associados ao câncer colorretal, com foco em 990 pacientes diagnosticados e 1.027 indivíduos sem a doença. Nove variantes mostraram associação significativa com o risco, sendo que quatro se destacaram por manter relevância mesmo após ajustes para fatores clínicos e epidemiológicos. Duas variantes aumentaram o risco, enquanto outras duas apresentaram efeito protetor.

Papel da ancestralidade

Um dos achados mais significativos foi a descoberta de que indivíduos com menor ancestralidade africana e asiática têm maior risco de desenvolver câncer colorretal. Essa relação sugere que componentes genéticos herdados dessas populações podem oferecer proteção contra a doença. O estudo destaca que hábitos alimentares, possivelmente associados a essas ancestralidades, podem influenciar o risco.

Os pesquisadores utilizaram um painel de 46 marcadores para determinar a ancestralidade genética dos participantes, superando a subjetividade de métodos tradicionais. A análise incluiu quase 2 mil pessoas de diversas regiões do Brasil, proporcionando uma amostra representativa e robusta.

Avanços na medicina personalizada

Os resultados podem contribuir para a medicina personalizada, permitindo que estratégias de rastreamento e prevenção sejam adaptadas com base nas variantes genéticas identificadas. Embora essas variantes não possam ser alteradas, o conhecimento sobre elas pode ajudar a priorizar indivíduos em programas de rastreamento.

Os pesquisadores planejam expandir o estudo, mapeando até 3 milhões de variações genéticas na população brasileira. O objetivo é criar um escore de risco específico, levando em conta a diversidade genética do país. Essa abordagem pode representar um avanço significativo no combate ao câncer colorretal no Brasil, proporcionando respostas mais adequadas à realidade local.

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