- Um novo surto de Ebola foi confirmado na província de Kasai Central, na República Democrática do Congo (RDC), com 15 mortes desde agosto.
- O ministro da Saúde, Samuel Roger Kamba, anunciou a situação em coletiva de imprensa em Kinshasa.
- Desde o início do surto, 28 casos suspeitos foram registrados, com o primeiro caso identificado em 20 de agosto.
- A Organização Mundial da Saúde (OMS) enviou especialistas e 2.000 doses de vacinas para ajudar no controle da doença.
- A cepa do vírus identificada é a Zaire, e a RDC possui tratamentos disponíveis para a febre hemorrágica viral.
As autoridades de saúde da República Democrática do Congo (RDC) confirmaram um novo surto de Ebola na província de Kasai Central, que já resultou em 15 mortes desde o final de agosto. O ministro da Saúde, Samuel Roger Kamba, anunciou a situação em uma coletiva de imprensa na capital, Kinshasa. Este é o 16º surto da doença no país, que possui um histórico de epidemias.
Desde o início do surto, 28 casos suspeitos foram registrados, com o primeiro caso identificado em 20 de agosto. A paciente inicial era uma mulher grávida de 34 anos que foi hospitalizada. A Organização Mundial da Saúde (OMS) está enviando especialistas e 2.000 doses de vacinas para ajudar a conter a propagação do vírus.
Resposta das Autoridades
Kamba destacou que a RDC possui um estoque de tratamentos para a febre hemorrágica viral e que a cepa do vírus identificada é a Zaire, para a qual existe uma vacina disponível. O diretor regional da OMS para a África, Mohamed Janabi, afirmou que as autoridades estão agindo com determinação para proteger as comunidades e conter rapidamente o surto.
O Ebola, identificado pela primeira vez em 1976, é uma doença viral letal que se espalha por contato direto com fluidos corporais, causando hemorragias severas e falência de órgãos. O surto mais mortal na RDC ocorreu entre 2018 e 2020, resultando em cerca de 2.300 mortes.
Desafios Logísticos
A infraestrutura precária da RDC, que é quatro vezes maior que a França, apresenta desafios significativos para a resposta a surtos. As vias de comunicação são frequentemente limitadas e mal conservadas, dificultando a distribuição de vacinas e tratamentos. As autoridades de saúde estão trabalhando para garantir que a logística necessária para a vacinação seja efetiva, a fim de mitigar a propagação do vírus e proteger a população.
