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Alzheimer compromete controle da expressão gênica e afeta funções cognitivas

Estudo do MIT revela nova abordagem sobre a progressão do Alzheimer, focando na estabilidade epigenômica das células cerebrais

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Foto: Reprodução
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  • Um estudo do Massachusetts Institute of Technology (MIT) revelou um atlas multimodal de expressão e regulação gênica em 3,5 milhões de células do cérebro, publicado na revista *Cell* em 4 de setembro.
  • A pesquisa, liderada por Manolis Kellis, destaca a importância da estabilidade epigenômica na progressão da doença de Alzheimer.
  • Foram analisadas 384 amostras post-mortem de cérebros de 111 doadores, identificando duas principais tendências epigenômicas na doença.
  • Células vulneráveis perdem a estrutura nuclear que controla a expressão gênica e a informação epigenômica, comprometendo sua identidade e função.
  • O estudo sugere que futuras terapias podem focar na restauração do controle epigenômico, especialmente em células como microglia e neurônios.

Um estudo inovador do MIT, publicado na edição de 4 de setembro da revista *Cell*, revela um atlas multimodal de expressão e regulação gênica em 3,5 milhões de células do cérebro, destacando a importância da estabilidade epigenômica na progressão da doença de Alzheimer. A pesquisa, liderada por Manolis Kellis, professor do Laboratório de Ciência da Computação e Inteligência Artificial do MIT, enfatiza que a compreensão da doença vai além das placas de proteínas amiloides, focando na regulação gênica das células cerebrais.

Os pesquisadores analisaram 384 amostras post-mortem de cérebros de 111 doadores, revelando que a progressão do Alzheimer é marcada por duas tendências epigenômicas principais. A primeira indica que células vulneráveis em regiões críticas do cérebro perdem a estrutura nuclear que normalmente mantém a expressão gênica sob controle. A segunda mostra que essas células também experimentam uma perda de informação epigenômica, comprometendo sua identidade e função.

O estudo identificou que, quando as condições epigenômicas se deterioram, genes associados à doença são ativados. Em contraste, células que mantêm a estabilidade epigenômica conseguem controlar a expressão desses genes, preservando a função cognitiva. Kellis afirma que “Alzheimer não se resume apenas a placas e emaranhados, mas à erosão da ordem nuclear”.

Implicações para Tratamentos

Os achados oferecem um novo entendimento sobre como fatores epigenômicos influenciam a progressão da doença, sugerindo que futuras terapias podem se concentrar em restaurar o controle epigenômico nas células afetadas. A pesquisa também destaca a importância de células como microglia e neurônios, que são particularmente vulneráveis à perda de informação epigenômica.

Além disso, o estudo correlaciona a presença do gene APOE4, um conhecido fator de risco para Alzheimer, com a deterioração epigenômica em microglia, sugerindo que esse gene pode desestabilizar o genoma dessas células. A pesquisa abre novas possibilidades para o desenvolvimento de tratamentos mais eficazes, focando na restauração da função celular e na preservação da cognição em pacientes com Alzheimer.

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