- O interior de São Paulo enfrenta uma estiagem severa, com umidade do ar em cidades como São José do Rio Preto e Araçatuba abaixo de 12%.
- O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) emitiu um alerta via Cell Broadcast para as áreas afetadas.
- A Defesa Civil classificou a situação como emergência para queimadas e recomendou evitar o uso de fogo para limpeza de terrenos.
- A estiagem impacta a saúde da população, causando sintomas como garganta seca, tosse e dores de cabeça.
- Meteorologistas indicam que a crise hídrica é resultado de fatores climáticos, e a recuperação do déficit hídrico pode levar tempo.
O interior de São Paulo enfrenta uma estiagem severa, com umidade relativa do ar em cidades como São José do Rio Preto e Araçatuba caindo para níveis alarmantes de 12%. Essa situação, que é mais seca que o deserto do Saara, tem gerado preocupações sobre a saúde da população e o aumento do risco de incêndios.
Na última segunda-feira (8), o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) emitiu um segundo alerta via Cell Broadcast, atingindo celulares com tecnologia 4G e 5G nas áreas afetadas. A Defesa Civil classificou a situação como emergência para queimadas, recomendando que a população evite o uso de fogo para limpeza de terrenos e descarte inadequado de lixo e bitucas de cigarro.
Impactos na Saúde
A estiagem prolongada não afeta apenas o meio ambiente, mas também a saúde dos moradores. Relatos nas redes sociais indicam sintomas como garganta seca, tosse e dores de cabeça. As autoridades de saúde alertam para a importância de manter a hidratação, evitando atividades físicas nas horas mais quentes e garantindo ambientes arejados, especialmente para crianças e idosos, que são mais vulneráveis.
Causas e Prognóstico
Segundo a meteorologista Marcely Sondermann, da Climatempo, a atual crise hídrica é resultado de uma combinação de fatores climáticos, incluindo a influência do fenômeno El Niño e verões anteriores com chuvas irregulares. O mês de setembro ainda será crítico, com chuvas esporádicas, e a recuperação do déficit hídrico acumulado deve levar tempo, dependendo das previsões para o próximo verão.
As autoridades continuam monitorando a situação e reforçando as orientações à população, enquanto a expectativa é de que, gradualmente, as condições climáticas melhorem nos próximos meses.