- Samantha Young, assistente de ensino, cometeu suicídio em 2023 após solicitar hospitalização ao NHS (Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido) várias vezes.
- Sua irmã, Melissa Turner, está liderando uma campanha por melhorias nos serviços de saúde mental, após a instituição reconhecer falhas no atendimento.
- A família de Samantha afirma que a equipe de saúde mental ignorou três pedidos de internação nos dez dias que antecederam sua morte.
- O Hampshire and Isle of Wight Healthcare NHS Foundation Trust expressou pesar pelas falhas e se comprometeu a implementar mudanças nos processos de avaliação de risco e comunicação com as famílias.
- Melissa pediu ao Secretário da Saúde, Wes Streeting, que investigue os serviços de saúde mental em todo o país, destacando a necessidade de tratamentos mais eficazes.
Samantha Young, assistente de ensino, tirou a própria vida em 2023 após solicitar repetidamente hospitalização ao NHS. Sua irmã, Melissa Turner, agora lidera uma campanha por melhorias nos serviços de saúde mental, após a instituição reconhecer falhas em seu atendimento.
Samantha, de 49 anos, lutava contra a depressão há anos, agravada pelo fim de seu casamento. Melissa descreveu a dor de perder a irmã, ressaltando que Samantha estava desesperada por ajuda. A família afirma que a equipe de saúde mental do NHS ignorou três pedidos de internação nos últimos dez dias de vida de Samantha.
O Hampshire and Isle of Wight Healthcare NHS Foundation Trust, anteriormente conhecido como Southern Health, expressou profundo pesar pelas falhas em seu atendimento. Apesar de Samantha ter autorizado a comunicação com sua família, Melissa só soube dos pedidos de ajuda após a morte da irmã. Ela criticou a falta de contato da equipe de saúde mental, que só se comunicou após o falecimento.
Durante a investigação, foi revelado que Samantha buscou ajuda em várias ocasiões, incluindo serviços de emergência, mas não obteve resposta. Melissa questionou o que mais poderia ter sido feito por sua irmã, que estava ciente de sua vulnerabilidade. A advogada Julia Reynolds, que representa a família, destacou que houve falhas na avaliação de risco e na comunicação com os familiares.
O coroner Henry Charles apontou a necessidade de revisão nos procedimentos de comunicação do NHS com as famílias de pacientes com problemas mentais. Ele também mencionou a falta de treinamento adequado para a elaboração de avaliações de risco. O NHS reconheceu as falhas e se comprometeu a implementar mudanças, incluindo processos de avaliação de risco mais claros e melhor envolvimento das famílias.
Melissa pediu ao Secretário da Saúde, Wes Streeting, que investigue os serviços de saúde mental em todo o país. Ela enfatizou que muitos pacientes enfrentam um ciclo de atendimentos superficiais sem acesso a tratamentos eficazes. O governo, por sua vez, afirmou estar comprometido em reduzir as taxas de suicídio e melhorar o suporte à saúde mental, com investimentos significativos e a contratação de novos profissionais.