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Prefeitura contrata maternidade com coordenador réu por erro médico e investiga caso

Gestantes denunciam desassistência e violência obstétrica no Hospital Saint Patrick, que atende servidoras públicas de São Paulo

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Hospital Saint Patrick Portinari foi contratado pela Prefeitura de São Paulo para serviços de maternidade (Foto: Reprodução)
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  • O serviço de obstetrícia para servidoras públicas municipais de São Paulo foi transferido para o Hospital Saint Patrick em junho.
  • Gestantes relatam desassistência e violência obstétrica, com queixas contra o coordenador Marcelo Koji Ota, que enfrenta processos judiciais por erro médico.
  • Denúncias incluem casos de complicações pós-operatórias e um incidente grave que resultou na morte de uma paciente.
  • A Prefeitura de São Paulo contratou o hospital por R$ 6,2 milhões, mas especialistas criticam a forma de contratação, que não garante a qualidade do atendimento.
  • O Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo protocolou uma representação no Ministério Público para investigar a situação.

O serviço de obstetrícia para servidoras públicas municipais de São Paulo, transferido em junho para o Hospital Saint Patrick, enfrenta sérias críticas. Gestantes relatam desassistência e violência obstétrica, com queixas direcionadas ao coordenador da equipe, Marcelo Koji Ota, que já responde a processos judiciais por erro médico em outras instituições.

As denúncias incluem casos como o de uma paciente que teve uma gaze esquecida em seu corpo após um procedimento de curetagem. Em outra situação, Ota é acusado de liberar uma mulher sem os cuidados pós-operatórios adequados após uma histerectomia, resultando em complicações. Além disso, há uma acusação grave de que ele teria perfurado o útero de uma paciente durante uma histeroscopia, levando à morte da mulher. A defesa do médico argumenta que as complicações podem ocorrer sem relação com má prática.

A Prefeitura de São Paulo contratou o Hospital Saint Patrick por meio de um pregão eletrônico, com um valor anual de R$ 6,2 milhões. Especialistas criticam essa modalidade de contratação, afirmando que ela não garante a qualificação técnica necessária para serviços de saúde. O professor Fernando Aith, da USP, destaca que a diferença de preços entre a empresa contratada e os concorrentes sugere uma incapacidade de prestação de serviços adequados.

Relatos de gestantes atendidas na maternidade revelam experiências traumáticas. Andressa Lopes, por exemplo, descreve um atendimento em que não recebeu explicações sobre sua condição após o parto, considerando a situação como violência obstétrica. Ludmila Marques também relatou um atendimento inadequado, onde o médico sugeriu uma laqueadura sem justificativa clara, o que a fez se sentir desrespeitada.

O Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo está acompanhando as queixas e já protocolou uma representação no Ministério Público para investigar a contratação do hospital. A gestão municipal afirma que a contratação visa otimizar os leitos do Hospital do Servidor, mas as críticas sobre a qualidade do atendimento persistem. O hospital, por sua vez, anunciou que irá instaurar processos administrativos para apurar as denúncias feitas pelas gestantes.

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