- A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 161,5 quilos de cabelo humano em Perobal, Paraná, no dia 25 de agosto.
- O material, que seria vendido por cerca de R$ 800 mil em São Paulo, foi transportado ilegalmente do Paraguai.
- Um homem de 43 anos foi preso durante a operação.
- O juiz da 1ª Vara Federal de Guaíra, Christian Lucas Del Cantonina, decidiu que o cabelo seria doado ao Hospital do Câncer de Cascavel para a confecção de perucas para pacientes em tratamento oncológico.
- A doação será feita por meio do projeto “Liberdade em Fios”, que capacita detentas na produção de próteses capilares.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizou uma apreensão significativa em Perobal, Paraná, onde foram confiscados 161,5 kg de cabelo humano transportados ilegalmente do Paraguai. O material, que seria comercializado por cerca de R$ 800 mil em São Paulo, agora será doado ao Hospital do Câncer de Cascavel para a confecção de perucas para pacientes em tratamento oncológico.
A apreensão ocorreu em 25 de agosto e resultou na prisão de um homem de 43 anos. A decisão de destinar o cabelo apreendido para fins sociais foi tomada pelo juiz da 1ª Vara Federal de Guaíra, Christian Lucas Del Cantonina. Ele fundamentou sua decisão em um artigo do Código de Processo Penal que permite a “destinação social de bens apreendidos”, destacando a importância da dignidade da pessoa humana.
Destinação Social
A doação do cabelo será realizada por meio do projeto “Liberdade em Fios”, que capacita detentas da Cadeia Pública de Goioerê na produção de próteses capilares. Essas perucas são oferecidas gratuitamente a mulheres em tratamento contra o câncer, contribuindo para a preservação da autoestima e dignidade das pacientes.
O juiz enfatizou a relevância social da medida, afirmando que a disponibilização de perucas de qualidade não apenas ajuda os pacientes, mas também oferece uma nova perspectiva de reinserção social para as mulheres privadas de liberdade. Uma parte do cabelo apreendido será reservada para exames periciais e eventual contraprova, conforme informado pela Justiça Federal do Paraná.